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    Nuno Roland: os 110 anos do Cantor da Voz Romântica que abafou no Carnaval e lançou clássicos da MPB

    Fernando Krieger

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    “A voz de Nuno Roland e sua interpretação da música popular brasileira não têm confronto. Há cantores que se parecem, na maneira de dizer, no modo de tirar partido da melodia, dos agudos e dos graves etc. Nuno é sempre ele mesmo, cheio de personalidade, uma voz das mais bonitas e agradáveis do rádio brasileiro”. O texto publicado na revista Vamos Lêr! de 25/05/1939 sinalizava um futuro promissor para o cantor que, tendo estreado poucos anos antes, acabaria se tornando uma das grandes vozes da chamada época de ouro da música popular. Integrante do Trio Melodia e lançador de clássicos cantados até hoje, Nuno Roland, nos 110 anos de seu nascimento, está praticamente esquecido, como é de costume quando se trata da nossa memória cultural.

    O Cantor da Voz Romântica era também conhecido como “A voz bonita da Nacional”. Um dos fundadores da emissora carioca, permaneceu ligado a ela até o fim dos seus dias, caso raro de artista que se manteve fiel a apenas uma empresa durante toda a carreira. No disco, passou por algumas gravadoras, deixando mais de uma centena de interpretações inspiradas, que o tornaram uma das personalidades mais populares das décadas de 1930 a 1950. Era querido pelos colegas e pelo público não só pela beleza e potência de seu canto, mas por suas atitudes: respondia às dezenas de cartas dos fãs, atendia a pedidos de envio de fotografias autografadas, falava ao telefone com os/as ouvintes que ligavam para a rádio atrás dele...

    Lourival Marques, em seu Dicionário da Gente de Rádio publicado na Radiolândia, escreveu, no verbete dedicado a Nuno Roland (edição de 11/02/1956), que ele “desde garoto viveu em meios musicais”, tendo tocado caixa na banda de música da cidade de Teixeira Soares, no Paraná, e bateria aos 15 anos no conjunto de um cunhado seu, em Porto União (SC). Usando seu nome de batismo, o catarinense Reynold Correia de Oliveira, nascido no primeiro dia de março de 1913 em Joinville, com 18 anos se apresentava em festivais artísticos, sem prejuízo de suas atividades como praça do 13º Batalhão de Caçadores de sua cidade natal, onde também chegou a trabalhar como telegrafista e auxiliar de escritório.

    Dando baixa do Exército, como informava Lourival Marques, Reynold foi por conta própria para Passo Fundo (RS), onde se virava como baterista de cabaré. Até que eclodiu a chamada Revolução de 1932 e o jovem se realistou, servindo como cabo no 7º Batalhão de Caçadores de Porto Alegre. No quartel, era o 415. Foi nesta época que começou uma amizade com o soldado 417 do mesmo batalhão, que era também o diretor e o cantor da orquestra daquele BC. A história foi contada na revista Carioca de 28/12/1950: certo dia, o soldado escutou Reynold cantarolando uma música, depois outra. Na terceira, não se conteve e, “agarrando o colega pelo braço, intimou-o a ser o crooner da sua orquestra”. Assim, Reynold Oliveira tornou-se o cantor da agremiação, dirigida pelo soldado 417 – ou melhor, por Lupicínio Rodrigues. Por conta dessa amizade, acabou se tornando um dos primeiros intérpretes do grande compositor gaúcho, embora nunca chegasse a gravá-lo em disco.

    Ao tomar parte com o conjunto do batalhão numa audição da Rádio Sociedade Gaúcha em 1933, foi imediatamente contratado pelo seu diretor artístico, Ovídio Chaves. Assim começou definitivamente sua carreira de cantor, alavancada no ano seguinte com a mudança para São Paulo, onde ficou por um breve período na Rádio Sociedade Record, ainda utilizando seu nome verdadeiro: o Correio de S. Paulo de 24/04/1934 anunciava, entre as atrações da emissora, “Reynold Oliveira da Rádio Sociedade Gaúcha”. No mês seguinte, como mostrava o mesmo periódico (17/05/1934), a Rádio Educadora Paulista trazia, entre suas atrações, “Nuno Roland e Grupo Regional”. O novo nome artístico soava melhor do que o de batismo – aliás, este nunca seria grafado corretamente nas futuras matérias que trouxessem sua biografia. Reynold seria sempre escrito de diversas maneiras: Reinold, Reinol, Reinoldo, Reynoldo, Reinaldo, Reynaldo...

    Foi neste ano de 1934 que Nuno gravou seu primeiro disco, contendo duas valsas de Sivan Castelo Neto: “Cantigas de quem te vê” (parceria com Corrêa Júnior) e “Pensemos num lindo futuro”. O nome do jovem e promissor artista começou a ventilar na então capital federal (Rio de Janeiro), de onde ele recebeu um convite que mudaria a sua vida: fazer parte da fundação de uma nova emissora. Em entrevista para a Revista do Rádio de 08/11/1958, ele recordaria: “Emoções, mesmo, eu tive duas. A primeira foi quando cantei ao microfone da Rádio Nacional, inaugurando-a naquela noite de 12 de setembro de 1936. Tive uma espécie de pressentimento. Alguma coisa interior me dizia que eu estava dando um passo para entrar na história do rádio brasileiro. A segunda foi quando, vinte anos depois, recebi o diploma de fundador da Nacional. Creio que dificilmente terei outras emoções iguais a essas”.

    Iguais, talvez não, mas Nuno Roland – que ajudou a PRE-8, Rádio Nacional, instalada no alto do famoso edifício A Noite, na Praça Mauá, a se tornar “a principal emissora da América Latina e uma das cinco melhores do mundo”, nas palavras de Luiz Carlos Saroldi e Sonia Virgínia Moreira (“Rádio Nacional: o Brasil em sintonia”, Jorge Zahar Ed., 2005) – viveria emoções variadas em sua vitoriosa carreira. Como se tornar rádio-galã da Nacional (a emissora, por motivos de economia, o escalava para as primeiras peças que transmitia). Ou ainda assumir o posto de crooner do Cassino Copacabana, substituindo Carlos Galhardo.

    E gravar com Carmen Miranda! “Dividir um disco com Carmen era garantia de um salto na carreira de qualquer cantor”, assinala Ruy Castro em “Carmen: uma biografia” (Companhia das Letras, 2005). Nuno tinha 15 registros sonoros (lançados em 8 discos) entre 1934 e 1938. Neste ano, ele e Carmen levaram ao acetato o samba “Nas cadeiras da baiana”, de Portelo Juno e Léo Cardoso – nitidamente inspirado em “No tabuleiro da baiana”, de Ary Barroso, gravado dois anos antes pela própria Carmen e por Luiz Barbosa. Não foi desta vez que o “salto na carreira” aconteceu, embora sua trajetória no disco e no rádio continuasse de vento em popa.

    “Sempre fui um dos cantores mais programados da Nacional, todos os produtores me distinguem com sua preferência, e isso porque interpreto vários gêneros e nunca enjeitei trabalho”, diria anos depois à Revista do Rádio de 08/11/1958. E foi assim, com repertório variado, que Nuno Roland seguiu seu caminho fonográfico, cantando bons sambas – “Covardia”, “É bom parar”, “Eu sou da Bahia” (este em duo com Dircinha Batista) –, a batucada “Eu hei de ver você chorar”, o batuque (com motivos juninos) “Cai sereno”, o frevo-canção “Alegria” e a valsa-canção “No Carnaval da vida”, entre outros gêneros. Passavam por seu repertório canções de Ataulfo Alves, Ary Barroso, Bide e Marçal, Assis Valente e outros bambas. Então, um certo passarinho compositor pousou em sua sorte.

    “Inspirado numa cançoneta de um dos programas de Paulo Roberto para o ‘Rádio Almanaque Kolynos’, João de Barros [sic] compôs a marcha ‘Pirata da perna de pau’, que vem abafando. Canta-a Nuno Roland, um dos melhores cantores brasileiros”, dizia o redator do suplemento A Noite Ilustrada de 11/02/1947. “Eu sou o pirata da perna de pau / Do olho de vidro, da cara de mau”... Lançada em outubro de 1946, a música – até hoje campeã do Carnaval, presente no mais recente desfile do centenário Cordão da Bola Preta, no dia 18 de fevereiro último – marcou o início de uma parceria de sucesso entre o cantor e João de Barro: somente em 78 rotações, Nuno levou ao disco 24 composições de Braguinha, tanto em registros solo quanto integrando o Trio Melodia.

    A marcha “serviu ainda para consagrar seu intérprete, Nuno Roland, um cantor competente que não tivera até então um grande sucesso”, relatam Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello no volume 1 de “A canção no tempo” (Ed. 34, 1997). Um sucesso atemporal, que acabaria virando um hit do repertório infantil – na verdade, só a sua primeira parte, vista que a segunda, carregada de malícia, é compreendida somente por aqueles com um pouco mais de idade. Em 1949, talvez almejando repetir o êxito do “Pirata”, João de Barro – agora em parceria com Alberto Ribeiro – deu a Nuno outra marcha, “Corsário”.

    Ainda sobre Nuno, escreveram Jairo e Zuza: “Seu valor e versatilidade seriam confirmados em seguida com o samba paisagístico ‘Fim de semana em Paquetá’”, mais um retumbante sucesso da dupla João de Barro-Alberto Ribeiro, que chegou às lojas em julho de 1947. O cantor, que havia sido um dos destaques do Carnaval deste ano com o “Pirata”, repetiu a façanha em 1948, de novo sob a égide dos mesmos autores: “Nuno Roland, com ‘Tem gato na tuba’, ganhou o concurso de músicas para o Carnaval instituído pela prefeitura”, informava A Noite Ilustrada de 03/02/1948.

    Em “Yes, nós temos Braguinha” (Funarte, 1997, 2ª edição), Jairo Severiano reforça: “Um clássico do gênero carnavalesco, ‘Tem gato na tuba’ é ao mesmo tempo uma composição espirituosa e sentimental, na medida em que, contando a anedota do gato intruso, evoca o clima ingênuo das velhas retretas”. Anos mais tarde, em 1982, a Turma do Balão Mágico, em seu LP de estreia, iria renovar o interesse pela história deliciosa do gato que entrou na tuba do Serafim, transformada agora também num clássico infantil.

    Nuno Roland continuaria a ser um dos destaques da folia de Momo nos anos subsequentes. Em 1949, um samba – novamente de João de Barro – que ele gravou em duo com a Favorita da Marinha, Emilinha Borba, sagrou-se campeão deste gênero no concurso de melodias carnavalescas da prefeitura: “Tem marujo no samba”. No ano seguinte, compareceu com a belíssima marcha “Lancha nova”, de Braguinha e Antônio Almeida, nas palavras de Jairo Severiano “uma composição de muito boa qualidade, cuja melodia, até certo ponto estranha ao estilo carnavalesco da época, ajusta-se com precisão ao espírito da letra”. Ainda em 1950, Nuno lançou, da mesma dupla de compositores, a curiosíssima “Meia-noite”. Classificada no rótulo como “dramalhão carnavalesco”, na verdade é uma marcha cheia de toques nonsense e um clima de terrir (“Nesta noite, à meia-noite eram dez horas / No castelo era completa a escuridão / E uma velha com facão enorme na mão / Passava manteiga no pão”).

    O mesmo espírito farsesco estava presente na marcha “Fígado lá, fígado cá”, de Klecius Caldas e Armando Cavalcanti, que brincava com a cavatina “Largo al factotum”, a famosa ária de Fígaro da ópera-bufa “O barbeiro de Sevilha”, de Rossini. E também em outra marcha, “Lobo mau”, de 1951, onde João de Barro recriava, com Antônio Almeida, a sua famosa canção do conto infantil “Chapeuzinho Vermelho”, registrada em disco em 1946 – mas com algumas alterações. Aqui, além de uma segunda parte inexistente na versão original, o malicioso lobo, “pra fazer mingau”, agora queria era pegar os brotinhos (gíria da época para moças bonitas).

    Tanto “Lobo mau” como “Lancha nova” foram gravadas por Nuno com o Trio Melodia, conjunto vocal do qual ele fazia parte desde 1943 e que contava com Albertinho Fortuna e Paulo Tapajós – não confundir com o homônimo Trio Melodia que surgiria na década de 1960. Em entrevista à Revista do Disco de setembro de 1953, Paulo Tapajós recordou: “O Trio surgiu devido à necessidade que a Rádio Nacional tinha de um conjunto para ilustrar seus programas musicais”. Sobre a escolha do nome do trio, titubeou: “Não sei bem, mas seria talvez por causa do programa ‘Um milhão de melodias’, e o Trio ter sido feito para esse mesmo programa”.

    Entre 1945 e 1960, o grupo vocal acompanhou diversos artistas em disco e brilhou em gravações solo, como “Estrada de Canindé” (que no rótulo foi grafada como “do Canindé”) e “Do Pilá”. Em conjunto com as vozes femininas do Trio Madrigal (Eda Niemar, Magda Marialba e Lolita Freire), o Trio Melodia deixou vários registros sonoros, como os discos de pot-pourris de cantigas de roda, cantigas de Natal, cantigas de São João e cantigas populares e a série “Tudo é baião”.

    “Em qualquer parte do Rio” e também em outros estados para onde excursionava, a popularidade de Nuno continuava alta. Sua voz romântica nunca abandonou as valsas, vide a bilíngue “Adeus mocidade” (que contou com a impecável sanfona de seu autor, Pedro Raimundo) e “Guarapari”, “a valsa mais bonita do ano”, segundo Abelardo Barbosa na sua coluna “Chacrinha musical” da Revista do Rádio de 28/08/1951. Ferrenho defensor da música nacional, pouquíssimas vezes Nuno abriu exceção para gravar canções de fora – e numa delas obteve muito sucesso: o fox-trot “É tão sublime o amor”, versão de “Love is a many splendored thing”, com letra brasileira de Alberto Almeida (“pseudônimo da dupla Alberto Ribeiro e Antônio Almeida”, segundo A Cigarra de julho de 1956).

    A Revista do Rádio de 14/12/1963 apontava Nuno como um “dos vocalistas que se encontram em atividade na emissora”, sendo ele “o único que participou das solenidades de inauguração da PRE-8” e “o cantor mais antigo da Rádio Nacional”, contando então com 27 anos de atividade ininterruptos – ou quase: em maio de 1954, havia ganhado da emissora uma licença-prêmio de seis meses com todos os vencimentos. Aproveitou para passar “por uma completa revisão de seu organismo”, como informou Jair Amorim em sua coluna “Esquina do Nice” (Radiolândia, 27/11/1954), contando que havia encontrado com ele, na semana anterior, vinte quilos mais magro.

    A silhueta já tinha voltado a ficar um tanto larga quando ele participou do filme “Garota enxuta” (1959), de J. B. Tanko, mostrando “Pirata da perna de pau”. Muito bem-humorado, Nuno encarnou o personagem, com direito à indumentária completa: chapéu de caveira, lenço na cabeça, tapa-olho, brincos, espada na mão e uma girl nos braços. Em 1948, ele já havia participado de “Esta é fina!” (de Luís de Barros) cantando “Tem gato na tuba”. Fez sucesso também em programas de televisão desde o início da década de 1960. Foi, aliás, um dos artistas que participaram da inauguração da TV Nacional de Brasília, em 4 de junho de 1960.

    “Os campeões do Carnaval estão na Rádio Nacional do Rio” era o título do anúncio publicado no Correio da Manhã de 23/02/1964. Nele, a emissora felicitava seus “artistas exclusivos pela grande vitória”, incluindo na lista o nome de Nuno Roland, intérprete da marcha “Mag, Inês e Ana”. Neste mesmo ano, houve a demissão em massa de servidores da Rádio Nacional promovida pela ditadura instalada no Brasil a partir de abril: um decreto assinado por Castelo Branco mandou para a rua 36 funcionários da emissora acusados de envolvimento com o Partido Comunista. No total, 67 funcionários acabariam sendo afastados e outros 81, demitidos. O inquérito policial foi arquivado por falta de provas. Começou aí a decadência da rádio, que perdeu diversos profissionais excelentes numa “caça às bruxas” absolutamente infundada. Nuno parece ter saído incólume do episódio, pois cinco anos depois ainda era uma das atrações do programa de Manoel Barcelos, como indicava o Correio da Manhã de 30/01/1969.

    Ele tomou parte, em 1968, de um dos grandes sucessos teatrais do ano, o espetáculo “Carnavália”, de Paulo Afonso Grisolli, ao lado de Marlene, de Blecaute e da pesquisadora e jornalista Eneida de Moraes. Sete meses de sucesso no Teatro Casa Grande, 150 músicas mostradas em três horas de espetáculo, segundo informação da revista InTerValo de fevereiro de 1969. O sucesso retumbante levou ao lançamento de dois LPs (vols. I e II) em 1968 pelo Museu da Imagem e do Som (ouça aqui o primeiro volume).

    Na época dos long-playings, gravou pouco: em 1958, botou na praça o disco “Recordando Augusto Calheiros”, e participou de diversas coletâneas, a maioria de músicas de Carnaval. Existem somente dois registros de Nuno como compositor: “Encantos de Camboriú” (parceria com Aloísio França), presente num compacto duplo sem data (segundo informação da página do Instituto Memória Musical Brasileira), e “Rio maravilhoso”, marcha gravada por ele no LP “É Carnaval – Sucessos de 72” (1971). “Fiz a marchinha como uma homenagem ao Rio, que me deu em 1960 o título de Cidadão Carioca. Depois de 38 anos de vida artística, aposentei-me e fui para São Paulo descansar um pouco. Durante um ano e meio, todos os dias, lembrava do Sol do Rio, das praias, exatamente o que coloco na letra da música”, revelou ao Jornal do Brasil de 04/12/1971.

    Os 40 anos da Nacional foram comemorados em 1976 com shows e matérias na imprensa trazendo declarações de seus antigos astros e estrelas sobre os áureos tempos da rádio. Quis o destino que Nuno Roland não estivesse presente. Em novembro de 1975, um tropeço em casa causou um ferimento no seu pé esquerdo, que evoluiu para uma gangrena na perna. Diabético, foi operado, chegou a ter a perna amputada, mas não resistiu, falecendo às 21h do dia 20/12/1975 na Casa de Saúde Nossa Senhora das Graças, em Realengo, aos 62 anos, em consequência de uma insuficiência renal aguda. No dia seguinte, amigos como João de Barro, Risadinha, Bob Nelson e Hermínio Bello de Carvalho foram ao Jardim da Saudade para se despedir e confortar a viúva, Judith, e o filho do casal, Almir.

    À Revista do Rádio de 14/11/1950, o artista havia declarado: “Quando eu morrer a minha voz continuará vivendo por mim e os que vierem depois saberão que existiu um catarinense chamado Nuno Roland que cantou a beleza de um ‘Fim de semana em Paquetá’ e alegrou os foliões no Carnaval. Sou feliz em saber que fui de alguma utilidade para o meu povo”.

    Foto: reprodução do livro "A Rádio Nacional: alguns momentos que contribuíram para o sucesso da Rádio Nacional" (Nova Fronteira, 2005).

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