“Ele não gostava que se dissesse que ele era argentino. E mais tarde, creio que nos anos 40, ele se naturalizou brasileiro”. Carla Maria Guagliardi é taxativa quando afirma que o pai, Carlos Galhardo, nascido há 110 anos em Buenos Aires no dia 24/04/1913, era “brasileiro fanático”. Tal como Carmen Miranda, portuguesa na certidão mas carioca até a alma, o “cantor da voz de veludo” era, sobretudo, “copacabanense”, nas palavras da filha: “Quando nós éramos crianças, ele nos levava à escola, e também à praia, praticamente todo dia (...). Ele tinha o grupo dele de amigos na praia, jogavam um futevôleizinho. (...) Na rua, ele era reconhecido por pessoas que chegavam cumprimentando (...). Ele sempre tratava como se fossem velhos amigos, era muito cortês”.
Essas reminiscências de um passado não tão distante – Galhardo faleceu há 37 anos, com a idade de 72, em 25/07/1985 – foram contadas por Carla numa deliciosa manhã de bate-papo (com a presença da coordenadora do setor de Música do IMS, Bia Paes Leme) no apartamento onde o cantor morou, em Copacabana. A conversa, que teve como fundo musical as suas gravações originais, procedentes do aparelho de som da sala, fluiu entre goles de café, biscoitinhos e uma parte das relíquias do seu acervo, preservado com muito zelo: discos, revistas de modinhas, caderno de letras, fotografias e documentos, como a carteirinha de sócio do América Football Club, seu time de coração. Na parte externa do apartamento, há uma bonita estátua de São Jorge, de quem o artista era devoto fervoroso.
Carla, artista plástica, fez teatro, aprendeu violão e chegou a acalentar a ideia de se tornar cantora. Pode não ter seguido a carreira, mas sobe ao palco esporadicamente quando se trata de homenagear o pai. Foi assim em 2013, em um show no Parque das Ruínas celebrando o centenário de Galhardo, com participação de diversos artistas, entre eles Domenico Lancelotti, Moreno Veloso, Pedro Miranda, Siri, Cabelo e Jairo Aguiar. Na ocasião, ela cantou a marcha “A vida é boa”, que abriu o espetáculo, e o samba “Rua das ilusões”. Nenhum problema para quem já havia enfrentado o desafio de dividir o microfone com o próprio Carlos Galhardo: no espetáculo Seis e Meia no João Caetano (9 a 13 de abril de 1984) e no Seis e Meia na ABI (25/05/1984), interpretaram juntos um dos grandes sucessos do cantor, a valsa “Linda borboleta”.
Galhardo nasceu na capital portenha por acaso: seus pais, Saveria Novelli e Pietro Guagliardi, estavam lá de passagem, em visita ao filho Américo. Aos dois meses, o pequeno Catello Carlos Guagliardi – o nome de batismo revela sua origem italiana – foi morar em São Paulo com a família; com um ano, chegou ao Rio. Nunca retornou à Argentina; na verdade, só saiu uma vez do Brasil, quando fez uma turnê por Portugal em 1952. “Nessa viagem, perdeu Galhardo a grande oportunidade de conhecer a Europa. Esteve tão-somente em Portugal, o que, ainda hoje, parece inadmissível (...). Ele, que em suas magníficas interpretações fez-nos viajar pelos quatro cantos do mundo, não foi conhecer in loco o que nos fez conhecer através de sua bela voz”, escreve sua biógrafa Norma Hauer em “Carlos Galhardo: uma voz que é um poema” (Companhia Brasileira de Artes Gráficas, 1988).
Criado no Estácio, ainda muito jovem exerceu o ofício de alfaiate. Foi também balconista numa charutaria – e durante muito tempo foi fumante de cachimbo e charutos. Por causa disso, levaria – sem trocadilhos – um “pito” de seu grande ídolo, o tenor italiano Beniamino Gigli, como lembra Carla: “O Gigli esteve aqui no Brasil, e assistiu ao show do papai cantando. (...) Depois foram apresentados e meu pai estava com o charuto na mão, Gigli comenta aconselhando: ‘Una belíssima voz, mas tem que parar isso’ (apontando para o charuto)”. No Estácio, conviveu com os bambas da região, entre eles Bide (Alcebíades Barcellos); da lendária dupla Bide-Armando Marçal, Galhardo gravou, entre 1936 e 1946, uma marcha e 12 sambas, entre eles “Não diga a minha residência”.
Aos 19 anos, em outubro de 1932, numa festa, Guagliardi foi apresentado por seu irmão, César, a Francisco Alves. Conta Norma Hauer que Catello cantou, para o Rei da Voz em pessoa, a canção “Deusa”, de Freire Júnior, gravada por Chico no ano anterior. Este teria sido lacônico, dizendo apenas algo como “leva jeito”.
Foi o compositor Bororó (Alberto de Castro Simoens da Silva) quem o levou, neste mesmo mês, para fazer um teste na Rádio Educadora, oferecendo-se para acompanhá-lo ao violão. Após o ensaio no banheiro da emissora – único lugar disponível naquele momento –, o aspirante cantou ao microfone “Destino”, canção de Romualdo Peixoto e Luiz Iglesias. No dia seguinte, Mr. Evans – diretor da gravadora Victor – estava atrás de Bororó com a intenção de localizar o jovem cantor e oferecer-lhe um contrato. O que ocorreu depois de uma audição de Guagliardi com o conjunto de Benedito Lacerda, onde ele mostrou “Até amanhã”, de Noel Rosa.
E aí deu-se o abrasileiramento do seu sobrenome, segundo história contada pelo artista em diversas ocasiões e endossada por Carla, que a escutou do próprio pai: teria sido obra do funcionário encarregado de colocar a etiqueta no disco. Estranhando o nome de origem italiana, acabou trocando Guagliardi por Galhardo. Assim, foi como Carlos Galhardo que seu nome apareceu no rótulo de seu primeiro 78 rotações, que continha dois frevos: “O que é que há”, de Nelson Ferreira, e “Você não gosta de mim”, dos irmãos Valença (João e Raul), gravados em janeiro de 1933 e lançados em março daquele ano.
No final de 1933, conheceu seus dois primeiros grandes sucessos, um natalino e o outro carnavalesco, ambos lançados em dezembro. A marcha “Carolina”, de Bonfiglio de Oliveira e Hervê Cordovil, tornou-se o seu primeiro êxito na folia de Momo. Já “Boas festas”, de Assis Valente, é considerada a primeira música brasileira feita para o Natal. Mais do que isso: nas palavras de Norma Hauer, a composição “deu início, no Brasil, à efusão de melodias feitas para datas específicas”.
O gênero ao qual seu nome acabaria permanentemente vinculado – em 1945, receberia de Blota Júnior, radialista de São Paulo, o título de “Rei da Valsa” – entrou em sua vida em 1935 pelas mãos do compositor Paulo Barbosa, irmão do cantor Luiz Barbosa e do comediante Barbosa Júnior. Norma Hauer imagina que Paulo Barbosa, “sentindo a beleza pura, cristalina, única da voz de Galhardo deve ter julgado ser um desperdício tal beleza ficar apenas entre ritmos alegres e entregou-lhe duas obras-primas: ‘Cortina de veludo’ e ‘Cantiga de ninar’”. Lançadas não pela Victor, mas pela Columbia. “E a Victor perdeu a oportunidade de perpetuar a valsa-canção que consagrou Carlos Galhardo como cantor romântico durante meio século”, afirma Hauer.
Foi especialmente para o amigo Galhardo que Ataulfo Alves compôs sua primeira valsa, em parceria com Aldo Cabral: “A você”. O estilo musical proporcionou a Galhardo, ainda na época dos 78 rotações, muitos dos seus incontáveis sucessos. De autoria de Mário Lago, gravou sete valsas, sendo a primeira delas a sinuosa e empolgante “Devolve”. Um dos seus grandes êxitos foi a famosíssima “...E o destino desfolhou”, e destacam-se ainda a valsa-canção “A pequenina cruz do teu rosário” e, claro, “Fascinação”, que se tornaria um dos seus carros-chefes.
A composição do italiano Fermo Dante Marchetti havia recebido em 1905 uma letra do francês Maurice de Féraudy. Em 1957, Dinah Shore estrearia em disco a versão de Dick Manning, agora em inglês. Entre uma e outra, Armando Louzada criou uma letra em português a pedido de Galhardo, que a gravou em 1943. Também por sugestão de Galhardo, Urbano Lóes colocou versos no “Estudo Op. 10, nº 3” em Mi maior de Frédéric Chopin (“Tristesse”). Em português, a música – uma das mais belas melodias do mestre polonês – foi rebatizada de “Adeus amor” e recebeu um novo arranjo, em tempo de valsa.
E foi em tempo de valsa que surgiu, na voz de Galhardo, a grande sensação do Carnaval de 1941, desbancando as campeoníssimas “Alá-la-ô” e “Aurora”: “Nós queremos uma valsa”, “com versos irônicos, bem sugestivos e curiosamente carnavalescos, apesar da melodia lenta”, descreveu Edigar de Alencar em “O Carnaval carioca através da música” (Francisco Alves Editora, 1979, 3ª ed.). A história foi lembrada no bate-papo com Carla Guagliardi: o jornalista Francisco de Moraes Cardoso, o Rei Momo da época, tinha dificuldade de locomoção por estar bem acima do peso, e pular ao som de marchinhas era um suplício. Ao saber da valsa – cuja coreografia requer apenas alguns suaves passos –, Moraes Cardoso a adotou como sua música oficial, sempre tocada nos eventos de que ele participava. Tendo como inspiração a “Valsa Op. 183” de Émile Waldteufel, mais conhecida como “Valsa dos Patinadores”, ela agradou em cheio aos foliões.
Mas “Alá-la-ô” não ficou nem um pouco atrás, sendo até hoje uma das marchas mais executadas nos bailes e nos blocos de rua do Carnaval. É popularíssima desde seu lançamento em janeiro de 1941, não só devido à interpretação de Carlos Galhardo, mas também à orquestração de Pixinguinha. Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello, no primeiro volume de “A canção no tempo” (Ed. 34, 1997), contam que seu coautor Nássara, em depoimento feito em 1983 para o Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, recordou que, na última sessão de gravação para o Carnaval daquele ano, a marcha ainda não tinha arranjo. Então ele correu para a casa de Pixinguinha no Catumbi. Este, suado e sem camisa, cheio de serviço a fazer, teve a “boa vontade” de atender ao pedido de Nássara, dando prioridade à sua composição, que afinal conseguiu ser lançada a tempo. “Além da criativa introdução”, seguem Jairo e Zuza, “Pixinguinha soube vestir ‘Alá-la-ô’ com uma orquestração exemplar, em que mais uma vez utilizou o recurso da modulação na sessão instrumental, que começa e termina com duas brilhantes passagens, primeiro subindo a Lá maior e depois retornando a Sol maior, tonalidade do cantor”.
Galhardo era bom de Carnaval e bom de marcha. “Cadê Zazá?” foi citada em “Dona doida”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho, utilizada na abertura da novela “Zazá”, da TV Globo, em 1997/1998. Em “Beleza mia”, Galhardo canta mezzo em português, mezzo em italiano. Já na canção “Cara piccina”, ele demonstra toda a sua intimidade com a língua dos antepassados. Mostrava também ser bom no samba, haja vista as centenas de músicas nesse estilo que gravou em sua carreira. “Morena faceira”, de Ataulfo Alves, tem uma introdução que pega emprestados os versos iniciais do primeiro sucesso do compositor, “Saudades do meu barracão”. “Acarajé... ô” recebeu a interpretação duplamente graciosa de Carlos Galhardo e Aurora Miranda. Dois bons sambas de Marino Pinto, “Deus no céu e ela na terra” e “Desacordo”, foram levados ao disco por Galhardo, que brilhou ainda no fox “Rosa de maio” e na marcha-rancho “Manhã de Carnaval”.
Os discos e as partituras de suas músicas não paravam nas prateleiras das lojas. Na edição de abril de 1956 da revista A Cigarra, Silvia Donato, desconfiada dos números publicados pelas paradas de sucesso da época, recorreu a uma fonte de informações diferente: um dos maiores sebos do Centro do Rio. “Neste tipo de estabelecimento, uma das provas da não procura de um disco é o acúmulo de poeira na pilha”, escreveu ela. O que não acontecia com os de Carlos Galhardo, “vendido até o ponto de usar-se o cartão de ‘esgotado’”. Bem antes, em 1937, a Carioca (edição de 11 de setembro) informava que as três músicas com partituras mais vendidas naquele momento eram “Sonhos azuis”, “Italiana” e “Cortina de veludo”, todas gravadas pelo cantor, que era ainda um dos campeões de popularidade nas seções de cartas das revistas especializadas.
“Foi o povo que os batizou, naturalmente, de Os Quatro Grandes cantores brasileiros. Eles eram considerados como as Quatro Grandes vozes do rádio, que foi, naquele tempo, o maior veículo de divulgação musical. Outros cantores também figuravam entre os ídolos populares, mas Francisco Alves, Silvio Caldas, Carlos Galhardo e Orlando Silva sempre mereceram classificação especial”, afirma Paulo Tapajós na contracapa do LP “Filigranas musicais Vol. VIII” (RCA/Ariola, 1988). Galhardo, que começou na Educadora, passou pelas maiores emissoras de rádio do país – só no Rio, integrou o cast de várias: Cajuti, Cruzeiro do Sul, Ipanema, Tupi e as poderosas Mayrink Veiga e Nacional. Em sua estreia na Mayrink, em 1937, ganhou do locutor César Ladeira o epíteto que o acompanharia vida adentro: “O Cantor que Dispensa Adjetivos”.
Francisco Alves, que o teria esnobado no primeiro encontro, em 1932, acabaria se tornando, segundo Carla, um amigo muito próximo. Ela preserva uma relíquia dada de presente a Galhardo por Chico em 1952: “Quando papai foi pra Portugal pra essa turnê, o Francisco Alves, que havia se tornado seu grande amigo, gravou um disco apresentando o papai ao povo português (...) e deu a ele quando ele estava embarcando de navio. Papai não sabia nem o que tinha no disco. E foi nesse período da viagem marítima que o Chico morre num acidente automobilístico no Brasil”. Quando Galhardo desembarcou, soube do falecimento do Rei da Voz e só então escutou, emocionado, o disco com a “homenagem introdutória” de Chico.
De um pedido de autógrafo na porta de um cinema no Centro do Rio – onde o cantor famoso paquerou a fã, chamando-a para assistir ao filme com ele e a deixando indignada – ao reencontro por acaso, meses depois, no Parque Nacional de Teresópolis, culminando com o namoro que teve início num baile de Carnaval na mesma cidade, Carla foi deliciando seus visitantes com as histórias do início do romance de Galhardo com Eulalia Salomon (1936-2021). Os dois se casaram em 08/09/1955 e tiveram três filhos: Carla Maria (1956), Sandra Maria (1957) e Eduardo César (1963). Galhardo já tinha um filho de um relacionamento anterior, Carlos Alberto (1936-2007).
Carla se recorda de ter presenciado, quando menina, as exibições do pai nos programas de auditório da Mayrink Veiga (antes do abrupto fechamento da emissora em 1964). Na década de 1960, quando Galhardo teve um programa só seu na TV Continental, “Cantinho da saudade”, que ele apresentava ao vivo todo sábado durante quase dois anos, Carla diz que ela e a irmã ficavam em casa vendo o pai na TV: “A gente beijava a televisão quando ele aparecia: ‘papai!’”, conta, rindo.
A artista plástica Carla Maria Guagliardi, filha do cantor Carlos Galhardo, entre as memórias do pai.
Foto: Fernando Krieger
Fã ardorosa de Roberto Carlos na infância, ela conseguiu um autógrafo do “Rei” graças à intervenção de Galhardo, durante um show de Roberto na Record de São Paulo. “Ele tinha o maior carinho pelo papai”, lembra Carla. Tanto é verdade que, por duas vezes, Roberto chamou o veterano artista para participar de seu especial de fim de ano. No de 1976, ambos cantaram juntos “Fascinação” (veja a partir dos 2’40’’). Já em 1978, um grupo de medalhões da música brasileira, Carlos Galhardo entre eles, interpretou “Carinhoso”. Muito querido pelos colegas da classe artística, foi atuante na criação da Sociedade Brasileira de Intérpretes e Produtores Fonográficos (Socinpro), em 1962, e depois a presidiu durante mais de uma década.
As recordações de Carla trouxeram à tona as paixões do pai pelo turfe – chegou a ser dono de cavalos – e pela Sétima Arte – não por acaso, conheceu dona Lalinha na porta de um cinema. Participou de cerca de uma dezena de filmes, alguns encontrados no YouTube, como “Metido a bacana” (1957) (a partir dos 49’38’’, ele interpreta a marcha “O tempo bom”) e “Entrei de gaiato” (1959) (com a marcha “Cachopa”). Como dublador, foi a voz do Príncipe Encantado do clássico “Branca de Neve” (1938), de Walt Disney. Carla, que só foi ver a animação pela primeira vez no YouTube, explica que o pai foi escolhido pelo próprio Disney para ser a voz brasileira do personagem. Em 1946, Galhardo repetiu a experiência, atuando num dos segmentos de outro desenho dos estúdios Disney: “Música, maestro!”.
A história inusitada de sua última participação na tela grande foi outra recordação. Joaquim Pedro de Andrade foi chamado para dirigir um dos episódios (o último) de um longa-metragem e, fã de Galhardo, convidou o cantor para interpretar a singela “Luar de Paquetá”, numa cena filmada em estúdio. Galhardo não fazia ideia, mas estava participando do final do episódio “Vereda tropical”, que fechava a pornochanchada “Contos eróticos”. Por causa deste episódio – que narra a preferência do protagonista por... melancias! –, o filme, que seria lançado em 1977, foi censurado, chegando à telona apenas em 1980. Carla se diverte ao lembrar que o pai, já tendo conhecimento do verdadeiro teor do filme, demonstrou um certo alívio quando a película foi proibida.
Carlos Galhardo emprestou sua voz a quase 600 músicas em discos de 78 rotações. Na página Discografia Brasileira, pode-se escutar a totalidade das gravações feitas por ele neste período (são 610 fonogramas, porém alguns equivalem a reedições das mesmas músicas em discos diferentes). Lançou seus primeiros long-playings (ainda em 10 polegadas) em 1955 (“Alma da canção brasileira”) e 1956 (“Canções de toda gente”). Segundo Norma Hauer, há 31 LPs e cerca de 30 compactos em sua discografia. A playlist abaixo, elaborada com a valiosa colaboração de Carla Guagliardi, é apenas uma pequena amostra de sua vitoriosa carreira, bem como o texto acima não dá conta de todas as histórias vividas por ele. Seriam necessárias outras tantas postagens e mais umas dezenas de gravações para que pudéssemos assimilar, com mais fidelidade, o legado deixado por Carlos Galhardo na nossa música popular.
- Clique aqui para escutar o encontro histórico de Carlos Galhardo, Orlando Silva, Silvio Caldas e Dorival Caymmi em 1963, cantando o samba “Na aldeia” (Acervo Walter Silva / IMS)
Foto: Coleção José Ramos Tinhorão / IMS