Nesta manhã de alegria pela estreia vitoriosa do Brasil na Copa, com direito a goleada e à presença em campo da rainha Marta, o país também acordou mais triste: duas outras rainhas – da música, do canto, da gentileza, da bossa – nos deixaram na madrugada de hoje: Dóris Monteiro, aos 88 anos, e Leny Andrade, que completara 80 em janeiro.
Pedro Paulo Malta teve o privilégio de entrevistar as duas. A copacabanense Dóris, cuja “voz suave e animada” – como ele a descreveu – embalou a conversa, passeou por lembranças que foram desde a estreia no programa Papel Carbono, da Rádio Nacional, aos 14 anos, até o show no qual comemorou seus 88 anos, em outubro do ano passado, no Teatro Rival, no Centro do Rio. O post com o bate-papo entre Pedro Paulo e Dóris foi publicado em 15 de dezembro do ano passado.
Já em 26 de janeiro deste ano, no dia dos 80 anos de Leny Andrade, foi ao ar em nossa página Discografia Brasileira a prosa com a aniversariante. Em suas reminiscências, a cantora – também carioca, mas do Méier – viajou ao passado até sua estreia radiofônica, na Tupi, aos nove anos de idade, cantando Ary Barroso no Clube do Guri. Morando no Retiro dos Artistas, onde recebeu Pedro Paulo para o bate-papo, ela listou suas vozes preferidas: “Gosto da Barbra Streisand, da Madonna, da Joyce e da Dóris Monteiro. Ah, e da Elza, com aquelas arrepiadas que ela dava”.
Em 2017, Leny e Dóris dividiram o palco com outros grandes artistas num show-tributo a Dolores Duran. Hoje, a equipe do site Discografia Brasileira homenageia essas duas lendárias vozes, cada uma com seu estilo e seu jeito próprio de cantar. Dóris Monteiro e Leny Andrade deixaram nossa música mais rica, mais alegre e mais brasileira.
Fotos: Pedro Paulo Malta (Dóris Monteiro) / João Maia (Leny Andrade)