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    Dia do Filósofo: uma playlist para aqueles que pensam, logo existem, e para os que apenas são – ou não são, eis a questão

    Fernando Krieger

    tocar fonogramas

    “Se você tem uma ideia incrível / É melhor fazer uma canção / Está provado que só é possível filosofar em alemão”  (“Língua”, de Caetano Veloso – Do LP “Velô”, de 1984)

    “Amor pela sabedoria, experimentado apenas pelo ser humano consciente de sua própria ignorância”. O significado de “filosofia” – palavra que teria sido criada por Pitágoras – é atribuído a Platão, que talvez não seja o seu autor – porque, nesse assunto, nada é o que parece ser, ou o que não parece ser, inclusive o próprio nada, que não é coisa alguma, logo não existe. Esse texto, inclusive, quando não lido por ninguém, continuará sendo um texto? Questões que não caem em prova, mas que dão muito o que pensar no Dia do Filósofo, 16 de agosto – embora o Dia Mundial da Filosofia seja apenas em novembro. Não entendeu? Fique tranquilo/tranquila: “A dúvida é o princípio da sabedoria”, teria dito (não exatamente com essas palavras) Aristóteles, fazendo coro com Sócrates, considerado o autor do famoso aforismo “só sei que nada sei” – na verdade, uma simplificação de um trecho da “Apologia de Sócrates” escrita por Platão...

    O que se sabe mesmo é que há exatos 90 anos, em 1933, o Filósofo do Samba, Noel Rosa, enriqueceu o cancioneiro popular com duas pérolas do seu repertório: “Filosofia”, em parceria com André Filho, e “Positivismo”, com Orestes Barbosa, abrindo as portas para que os compositores da MPB – sempre com uma visão bem peculiar sobre o tema – desfilassem suas questões existenciais, ora com muito bom humor, ora com alguma seriedade. “Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz”, já ensinava o jornalista, desenhista e dramaturgo Millôr Fernandes, o Filósofo do Méier, que nasceu exatamente num dia 16 de agosto, cem anos atrás.

    O mundo me condena
    E ninguém tem pena
    Falando sempre mal do meu nome
    Deixando de saber
    Se eu vou morrer de sede
    Ou se eu vou morrer de fome
    Mas a filosofia
    Hoje me auxilia
    A viver indiferente assim
    Nesta prontidão sem fim
    Vou fingindo que sou rico
    Pra ninguém zombar de mim

    Gravado por Mário Reis com acompanhamento de Pixinguinha e sua orquestra, o samba “Filosofia” vinha repleto de pensamentos de Noel, segundo contam João Máximo e Carlos Didier em “Noel Rosa: uma biografia” (Universidade de Brasília: Linha Gráfica Editora, 1990).

    Observam os autores: “Noel começa queixoso, infeliz, autopiedoso quase, para logo mudar, adquirir força, passar da defesa ao ataque, aprumar-se. A simulação, o desprezo pela sociedade que é sua inimiga, o orgulho de ser pobre mas livre, a indiferença ao dinheiro são a sua ‘filosofia’. Na letra e na vida”. Praticamente a mesma filosofia de vida de “João Ninguém”, personagem que Noel levaria ao disco dois anos depois – muito antes da publicação, em 1946, do livro “Escuta, Zé Ninguém!”, de Wilhelm Reich, um desabafo sobre o homem comum. A única parceria de Noel com André Filho – que mais tarde se notabilizaria como o autor de “Cidade maravilhosa” (cuja história está contada neste texto) – não faria sucesso, mas o samba seria, segundo Máximo e Didier, “para sempre um dos favoritos de Mário Reis”.

    E também um dos favoritos de um jovem aspirante a cantor, nascido João Rubinato, paulista do interior do estado, que em 1934, já na capital, havia se tornado participante assíduo do programa “Calouros do rádio”, da Cruzeiro do Sul, onde era sempre gongado. Num dia em que “o homem do gongo devia de estar distraído” – como ele próprio diria mais tarde à revista Realidade de julho de 1966 e em algumas outras ocasiões –, cantou “Filosofia” e conseguiu chegar até o fim. A música foi a sua porta de entrada para a vida artística, onde brilhou sob o pseudônimo de Adoniran Barbosa, o Poeta do Bixiga. “As circunstâncias não fazem o homem, elas apenas o revelam a si mesmo”, na visão do filósofo estóico Epicteto.

    Corrente filosófica idealizada por Augusto Comte e surgida na França no início do Século XIX, o positivismo defendia que as regras para o progresso social seriam a disciplina e a ordem. A religião positiva (Religião da Humanidade) criada por Comte tinha como lema “o amor por princípio e a ordem por base; o progresso por fim”, que influenciou os dizeres da bandeira do Brasil – mas sem o “amor”, cuja inserção na faixa branca de nosso “lindo pendão da esperança” é, há anos, uma bandeira (com trocadilho) do cantor e compositor Jards Macalé.

    O preceito foi lembrado por Orestes Barbosa na terceira quadrinha de “Positivismo”: “O amor vem por princípio, a ordem por base / O progresso é que deve vir por fim / Desprezaste esta lei de Augusto Comte / E foste ser feliz longe de mim”. A história do samba é curiosa e foi contada por João Máximo e Carlos Didier: ao encontrar por acaso com Noel no Café Nice, ponto de encontro informal dos artistas da época, no Centro do Rio de Janeiro, Orestes mostrou-lhe a letra já metrificada e propôs que ele a musicasse. “Noel lê, diz que gosta, promete trabalhar em cima. Mas, por algum motivo, vai esquecer a folha de papel entre seus guardados”, contam os autores, explicando que ele estava num “período de intensa produção”, com diversas músicas compostas e participações em programas de rádio.

    Tal produtividade, comentada pelos frequentadores do Nice, chegou aos ouvidos de Orestes. Que começou a se queixar abertamente do Poeta da Vila em várias ocasiões, chateado por ele não ter musicado seus versos. “Noel, inevitavelmente, acaba sabendo. Como de costume, nada diz, não vai tirar satisfações (...). Trata então de colocar música nas quatro quadrinhas. Ele mesmo a leva para Pixinguinha orquestrar. Decide gravar o samba na Columbia (...). Mas prepara para o parceiro um recado musical. Pede a Pixinguinha que escreva uma longa passagem de orquestra para depois das quatro quadrinhas, como se fosse para concluir. Mas, no final do disco, sua voz reaparece de surpresa cantando uma quinta quadrinha, escrita por ele mesmo e dirigida a Orestes:”

    A intriga nasce num café pequeno
    Que se toma para ver quem vai pagar
    Para não sentir mais o teu veneno
    Foi que eu já resolvi me envenenar!

    Qualquer semelhança com Sócrates – condenado a morrer tomando cicuta – seria mera coincidência? “O que poderá dizer Orestes senão que o sem-queixo é mesmo um gênio e que ele, Orestes, é que acabou se envenenando no próprio veneno?”, perguntam Máximo e Didier, esclarecendo que nem Orestes nem Noel levaram muito a sério o episódio e que a amizade entre os dois acabaria se estreitando ainda mais. Como apontou Blaise Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece” – expressão que acabaria sendo utilizada em 1942 num samba clássico do repertório de Orlando Silva, “Aos pés da cruz”.

    Wilson Batista também usou do mesmo expediente: valendo-se de um pensamento defendido por Jean-Jacques Rousseau – “O ser humano nasce bom e a sociedade o corrompe” –, criou a figura de “Chico Brito” (em parceria com Afonso Teixeira), que defendia tese semelhante: “Se o homem nasceu bom e bom não se conservou / A culpa é da sociedade que o transformou”.

    Mesmo não sendo do ramo, Shakespeare botou muita gente para pensar e filosofar com sua peça mais badalada, “Hamlet”. A frase enunciada na cena 5 do primeiro ato – “Há mais coisas entre o céu e a terra, Horatio, do que supõe nossa vã filosofia” – recebeu, no Brasil, algumas traduções, nem tão fieis ao que o Bardo de fato escreveu: no original, não existe a palavra “vã”. Na verdade, o príncipe dinamarquês fala para o amigo: “do que sonha a sua filosofia”. Mas é a sentença que abre o monólogo de Hamlet na cena 1 do ato 3 que se tornou a mais famosa da peça e uma das mais conhecidas – e filosóficas – do mundo ocidental: “Ser ou não ser... Eis a questão”.

    A música popular aproveitou o mote em pelo menos três faixas na época dos 78 rotações. Em 1948, Dick Farney lançou o samba “Ser ou não ser”, de José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro, a pergunta aqui ganhando contornos nada filosóficos e bastante românticos: “Ser ou não ser / Há de ser sempre, sempre a questão / Ser ou não ser meu o teu coração”. Foi a música da gravadora Continental mais executada em setembro de 1948, segundo informação da Revista do Rádio de novembro daquele ano, e um dos discos mais vendidos do período: na semana de 29/11 a 04/12/1948, chegou à quinta colocação entre os nacionais, de acordo com A Cena Muda de 28 de dezembro.

    Já Vicente Celestino musicou o poema “Ser e não ser”, escrito por José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e o gravou em junho de 1949 (talvez por algum engano, no rótulo do disco o título foi modificado para “Ser ou não ser”). A canção foi interpretada pelo próprio Vicente Celestino no filme “Coração materno” (1951), dirigido por sua mulher, a atriz e cineasta Gilda de Abreu. O resto da sentença, “Eis a questão”, virou nome de um samba cheio de bossa de Antônio Almeida e Oldemar Magalhães, que Jair Avelar registrou na cera em 1962. A letra brinca com a dualidade, o yin e o yang, os lados positivo e negativo, os opostos que se complementam:

    Nos caminhos desta vida tem subida e tem descida
    Tem o bem e tem o mal, o amor e a ingratidão
    Bem me quer e mal me quer
    Nós devemos escolher
    Ser ou não ser, eis a questão

    Disse Friedrich Nietzsche: “Sem música, a vida seria um erro”. A nossa música seguiu “Filosofando” – como no belo choro de Rielinho e Décio Silva, solado pela sanfona do primeiro em 1947 –, ainda que muitas vezes tudo não passasse de “Filosofia barata”. O samba de Peterpan e Ari Monteiro, que ganhou a voz de Linda Batista em 1950, na verdade tinha bastante pé no chão. Começava falando que “ninguém faz graça com a barriga vazia” e depois exortava: “Vai trabalhar: primeiro comer, depois filosofar”.

    Havia quem preferisse continuar romantizando a pobreza: em “Filósofo”, lançado em 1953 por Léo Vilar, os autores Genival Macedo e Sebastião Rosendo retomam a imagem do pobre que nada tem e vive satisfeito, numa semelhança com a figura do “João Ninguém” cantado por Noel Rosa em 1935: “Mas, mesmo assim, sou tão feliz / Feliz, graças a Deus / Pois tenho as estrelas, a Lua e o mar / Que ilumina os sonhos meus”. A orquestra ataca em seguida uma melodia que parece remeter (seria de propósito?) à de “O orvalho vem caindo”, de 1933, no qual o narrador é também pobre e vive na rua – só que, no samba clássico de Noel e Kid Pepe, ele demonstra não estar tão contente assim com a situação.

    O conformismo apresentado em diversas músicas é questionado por Rolando Boldrin e Osvaldo Sombra em “Filosofia de pobre”, que faz uma crítica social em cima do tema: “Trabalho o ano inteiro e não tenho nada / Até minha mulher está desempregada (...) / Honestamente, como o pobre vive? / Vamos vivendo como Deus quiser”. Foi Nerino Silva quem emprestou a voz ao queixoso personagem em 1963. Dois anos antes, a já saudosa Leny Andrade apresentou a “Filosofia” de Aldacir Louro e Linda Rodrigues em ritmo de bossa nova, com uma letra repleta de questões existenciais:

    Sem saber o que queremos
    Sem saber que a noite chega para o dia envelhecer
    Nossa vida, nosso sonho, nosso amargor e prazer

    Também na batida da bossa nova é “Questão de moral”, de Roberto Faissal e Paulo Tito. A moral é um conjunto de regras, costumes e formas de pensar de um grupo social. Na filosofia, é a parte que trata dos valores em si e das ações dos indivíduos, que tomam decisões orientados por esses valores. A voz da cantora Tita (que mais tarde se assinaria Tita Lobo) é suave, porém decidida:

    Não diz sim nem não
    Usa só talvez
    Questão de moral
    Diz que beijo
    Só de anel na mão
    Questão de moral
    Diz com filosofia
    Que a diplomacia segue caminhando ao lado da razão

    “O medo é o pai da moralidade”, definiu Nietzsche com precisão. Medo de não seguir certos preceitos e acabar detonado pela sociedade, por exemplo. Roberto Silva demonstrou esse temor através de um samba de 1962, “Na base da moral”. Dizem os versos de Amauri e Nicomedes de Oliveira:

    Eu só preciso do meu nome respeitado
    Meu caráter nivelado no conceito social
    Porque o homem que ontem perdeu a fama
    Se hoje cair na lama
    Amanhã perde a moral

    E “quem não tem moral não tem direitos”, ensinou o filósofo espanhol Sêneca.

    “A miraculosa Marlene tem mesmo muita personalidade. Só ela toparia gravar um samba amalucado como o tal de ‘Mora na filosofia’, que é um monumento de mau gosto. Uma letra horrível, tremendinha, e a Marlene procurando salvar a coisa...”. Silvia Donato não estava nada amistosa quando fez a crítica para a seção “Olho mágico” de Radiolândia, publicada em 25/12/1954. O sambão de Monsueto e Arnaldo Passos, no entanto, agradaria em cheio: “Eu vou lhe dar a decisão / Botei na balança, você não pesou / Botei na peneira, você não passou / Mora na filosofia: pra que rimar amor e dor?”. Para quem não morou, a gíria “morar em” significa entender/compreender/sacar/manjar algo.

    No mesmo número de Radiolândia, o compositor Jair Amorim, em sua seção “Discolândia”, colocava a bolachinha de Marlene entre “os discos de Carnaval que estão sendo mais procurados nas lojas”, ainda que fosse, segundo ele, uma procura “bem pequena ainda”. Contrariando a opinião de Silvia Donato, a Revista do Rádio de 26/03/1955 informava que o samba obtivera o primeiro lugar no concurso de músicas carnavalescas do Teatro João Caetano, no quesito “letras mais bem feitas”. E novamente Jair Amorim, na Radiolândia de 24/03/1956, confirmava o êxito da composição quando, ao comentar sobre o falecimento de Arnaldo Passos, o descreve como “coautor de vários sucessos de nossa música popular, entre eles o ‘Mora na filosofia’, do Carnaval de 55 (...)”. O outro coautor gravaria a composição em 1962, no long-playing “Mora na filosofia dos sambas de Monsueto”.

    Na época dos LPs, o tema continuou sendo inspiração para representantes dos mais variados gêneros musicais: Candeia apresentou a “Filosofia do samba” (que deu nome ao seu álbum de 1971); Mussum, a “Filosofia de quintal” de João do Cavaco e Zé Maurício; Martinho da Vila, a sua “Filosofia de vida”; já a “Filosofia de estrada” dos caminhoneiros foi elucidada por Roberto e Erasmo Carlos (que a gravou); Guilherme Arantes discorreu sobre “Toda vã filosofia”; Tito Madi entrou com a sua – ou melhor, a “Minha filosofia”; Jorge Ben trouxe “O filósofo” para a conversa; e artistas como Sidney Miller – pela voz de Paulinho da Viola –, Moraes Moreira e Itanildo Show – por intermédio de Flávio José – também fizeram questão de mostrar, cada um, a sua “Filosofia”.

    O existencialismo analisava o ser humano como um todo, e não apenas dividido em seus aspectos internos (mente, cognição e sentimentos) e externos (corpo, comportamento e ações). Os pensadores existencialistas defendiam a autenticidade – exatamente a principal característica da icônica personagem criada por João de Barro e Alberto Ribeiro: Chiquita Bacana.

    ...lá da Martinica
    Se veste com uma casca de banana nanica
    Não usa vestido, não usa calção
    Inverno, pra ela, é pleno verão
    Existencialista com toda razão
    Só faz o que manda o seu coração

    “Na realidade, a imprensa da época explorava com muita frequência o existencialismo – Sartre, Camus, Simone de Beauvoir e, principalmente, o lado não científico do movimento, que abrangia os ‘existencialistas’ boêmios, habitués das caves parisienses, seus costumes exóticos etc.”, explica Jairo Severiano em “Yes, nós temos Braguinha” (Funarte/Martins Fontes, 1987). “Naturalmente, o objetivo da dupla ao compor a marchinha era fazer uma referência espirituosa ao assunto”, afirma Jairo, acrescentando: “Dizia o escritor Genolino Amado que esses versos eram a melhor definição do existencialismo que ele conhecia”.

    Foi Emilinha Borba quem lançou a música em janeiro de 1949 – tornando-se campeã do Carnaval daquele ano –, seguida em 1950 pelo Bando da Lua, que a gravou com um arranjo totalmente diferente e parte da letra em inglês – aliás, “Chiquita Bacana” iria correr o mundo sob o título “Chiquita madame de la Martinique”. A musa pré-Tropicalismo ganharia uma sucessora: “A filha da Chiquita Bacana”, que surgiu em ritmo de frevo pelas mãos do tropicalista-mor Caetano Veloso num compacto simples de 1975. Caetano também abriria espaço em seu LP “Muitos Carnavais...”, de 1977, para a moça liberada que herdou o comportamento desinibido da mãe, legítimas discípulas de Søren Kierkegaard, considerado por muitos o precursor do existencialismo, que sentenciou: “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se”.

    A dupla – e que dupla! – Emilinha e Marlene revelou, em 1950, uma viagem de Chiquita pelo Japão: a garota teria feito um “papelaço” por lá, sem supor que “o existencialismo fosse tão adiantado” naquele país, pois sua rival apareceu vestida com uma “Casca de arroz”. Pelo mesmo caminho enveredou a mocinha da marcha “Existencialista”, de 1951: “Eu quero ser existencialista / Eu quero, esse calor eu não tolero / Se você é puritano / Aproveite o pano e ponha o pano na vista”, classificando Eva como a primeira seguidora dessa corrente filosófica: “Naquele tempo já era uma artista”.

    Como visto, a música popular brasileira não veio para explicar a filosofia, e sim para confundir todo mundo. Mas espera-se que os filósofos, intelectuais e pensadores não fiquem chateados com as licenças poético-filosóficas de nossos compositores. Ou com as deste próprio texto. Afinal, como disse Blaise Pascal: “Fazer troça da filosofia é, na verdade, filosofar”.

    Foto: Pitágoras, filósofo que estabeleceu a primeira teoria matemática da música / Imagem da internet

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