Pepeu Gomes aprendeu a brincadeira “Fazendo música, jogando bola”. Já a banda Os Figurantes dá um recado certeiro através da bonita voz de Danny Caruso: “Quando eu não trabalho ‘Eu faço música’ / Que dá trabalho mas não dá dinheiro / (...) Música é coisa pra vagabundo / Pra vagabundo criticar”. Em 1991, os Titãs gritaram em alto e bom som: “‘Eu não sei fazer música’, mas eu faço!”. Compor talvez seja, para alguns, o sentido da existência; para outros, um ato de resistência. Amadores, profissionais (sim, música pode dar retorno financeiro!), famosos, desconhecidos... Para todos, há uma data especial: 7 de outubro, o Dia do Compositor Brasileiro.
Existe, desde 1945, o Dia Mundial do Compositor, 15 de janeiro, surgido no México e celebrado no restante do planeta somente a partir de 1983. Aqui no Brasil, a primeira tentativa de se estabelecer um dia comemorativo para nossos autores musicais se deu bem antes, em 1941. O Correio da Manhã, o Diário Carioca e O Radical informavam em uníssono nas suas edições de 11 de maio: “O Departamento dos Compositores da Sbat [obs: Sociedade Brasileira de Autores Teatrais], (...) sob a presidência de Ary Barroso, aprovou uma proposta do Sr. Paulo de Magalhães [teatrólogo], no sentido de ser anualmente comemorado o dia 7 de maio como o Dia do compositor popular brasileiro”.
As matérias explicavam que a escolha do dia era uma homenagem a Noel Rosa, falecido naquela data – só que não: Noel havia partido num 4 de maio, no ano de 1937. Revelavam ainda que tinha sido aprovada uma emenda do poeta Jorge Faraj determinando que a primeira celebração do Dia do Compositor, em maio de 1942, fosse marcada “com a inauguração, na sede do Departamento, do retrato do autor de ‘Com que roupa?’, iniciando-se, assim, a ‘galeria dos compositores’”.
Em 1942, a data foi alterada para 21 de abril. Segundo os jornais da época, a mudança ocorreu para coincidir com o primeiro aniversário do Departamento – embora este tenha sido inaugurado no dia 09/04/1941, conforme relatava o Jornal do Commercio de 18/04/1942. Por motivos não esclarecidos pela imprensa, a Sbat, de acordo com o Diário de Notícias de 21/04/1942, “resolveu transferir, para 5 de maio vindouro, os festejos comemorativos do ‘Dia do Compositor’”. Complementavam o Jornal do Brasil e o Jornal do Commercio de 29/04/1942: “que era, por sinal, a data anteriormente fixada pela assembleia do Departamento dos Compositores” – informação errada: o dia originalmente escolhido, como já visto, era 7 de maio.
Em seu boletim de março/abril de 1942, a Sbat detalhava o “belo programa” do dia 5 de maio, “data do falecimento de Noel Rosa” – de novo uma informação errada. Fato é que, apesar de tanta notícia desencontrada, o primeiro Dia do Compositor foi finalmente celebrado em nossa terra. O Boletim Sbat nº 211, de maio/junho de 1942, dedicou sete páginas à cobertura do evento, que teve: missa na igreja da Candelária; homenagem a Noel Rosa junto ao monumento deste, localizado na Praça Tobias Barreto, em Vila Isabel; inauguração do retrato do Poeta da Vila na sede do Departamento dos Compositores, na Avenida Almirante Barroso, no Centro do Rio de Janeiro; e uma sessão solene na Sbat, com discursos de Geysa Bôscoli (presidente da sociedade) e Ary Barroso (presidente do Departamento), com apresentações musicais encerrando a cerimônia.
Quem não gostou nada da ideia de um dia para os compositores foi a crítica de música do Diário de Notícias: Ondina Ribeiro Dantas, que usava o pseudônimo D’Or, fez publicar na edição do próprio dia 5 de maio o seu desagrado. “Determinar ‘dias’ para isso e aquilo já vem se tornando mania entre nós. (...) O compositor não é um músico? Sim. E, como tal, se enquadra no ‘Dia do Músico’, que se comemora, por tradição longínqua, a 22 de novembro, dia de Santa Cecília, padroeira da música”. Ela reclama que a recém-criada efeméride não servia para “louvar Carlos Gomes, nem Miguez, nem Nepomuceno, nem Henrique Oswald. Não. O ‘Dia do Compositor’ é a data em que se glorificam os nomes de Noel Rosa e outros do mesmo jaez [mesma espécie, mesma natureza]”.
O preconceito continuava: “(...) nós só vemos os sambistas e os compositores de marchas carnavalescas, como se a espiritualidade, a sensibilidade e a cultura de um povo se pudesse medir pelo gosto popular, tanto mais quando essa populaça é das mais rudes, como a nossa”. A crítica foi rebatida pelo escritor Gomes Filho na Gazeta de Notícias do dia 10. Já o compositor (popular) Oswaldo Santiago, presidente da Associação Brasileira de Compositores e Autores, fez coro com D’Or em carta publicada no Diário de Notícias de 07/05/1942, chamando a iniciativa da Sbat de “embuste publicitário”. Para o periodista anônimo da Gazeta de Notícias de 06/05/1942, a lamentação era outra: “existindo, somente nesta capital, mais de quatrocentos compositores, apenas uma dúzia deles compareceu à igreja, no dia de ontem!”.
A iniciativa parece não ter vingado: nos jornais dos anos subsequentes, nada há sobre a efeméride. Nem mesmo o próprio Boletim Sbat voltou ao assunto em 1943. A comemoração teria ressurgido em 1948, como informa a página da União Brasileira de Compositores – UBC. Segundo o texto de Camila Salles, seu criador foi Herivelto Martins, “que fez parte da diretoria da UBC nos anos 40”. Sobre isso, escreveu o jornalista e pesquisador André Luís Câmara em texto publicado na página Brasiliana Fotográfica: “Sempre envolvido na luta pelo direito autoral, Herivelto Martins esteve à frente da União Brasileira de Compositores (UBC), criada em 1942, e acompanhou muitos colegas que deixaram essa entidade para fundar, em 1946, a Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música (Sbacem), da qual integrou o Conselho Deliberativo”.
O Boletim Social da UBC de fevereiro/março de 1948 já aponta Herivelto como um dos “sbaceanos”, ou seja, um dos integrantes da sociedade rival. Se neste ano o compositor efetivamente criou (melhor seria dizer “recriou”) a data comemorativa, não há efetiva comprovação: nada foi publicado sobre isso na imprensa ou mesmo nos boletins informativos da UBC e da Sbat (o da Sbacem só surgiria em 1949). Mas Herivelto seria, sim, um nome importante quando do definitivo retorno da efeméride ao calendário brasileiro, em 1957.
“Apresentou o deputado José Talarico (...) uma proposição criando o ‘Dia do Compositor’. Segundo essa proposição, será comemorado anualmente, na data de 7 de outubro em todo o país, o dia do compositor musical. Disse que apresentou o projeto atendendo a sugestões e apelos do Sindicato dos Compositores Musicais do Rio de Janeiro”, informava a nota do jornal A Noite em 04/07/1957. D’Or, novamente ela, não perdeu tempo e voltou à carga: no Diário de Notícias do dia seguinte, após repetir – como 15 anos antes – que “A preocupação no Brasil é instituir datas para isto, para aquilo, para aquiloutro”, levanta a questão: “(...) porque a escolha recai no dia em que o Sr. Herivelto Martins completa o seu jubileu artístico, é de se crer que o ‘Compositor musical’ a que alude o dito projeto é, apenas, o criador da música popular”. E tome desaprovação.
Dos parlamentares inclusive. A Comissão de Constituição e Justiça considerou que tal projeto não se enquadrava como “objeto de deliberação do Congresso” (Correio da Manhã e Jornal do Commercio, ambos de 25/07/1957). Mas a situação acabou se revertendo: o Correio da Manhã (30/08/1957) e a Tribuna da Imprensa (05/09/1957) anunciaram que “O Congresso Nacional instituiu o ‘Dia do Compositor’ (Projeto-Lei nº 2.878) em regozijo ao jubileu artístico de Herivelto Martins, e será comemorado todo o dia 7 de outubro”. A festa naquele ano acabou sendo adiada para o dia 28 do mesmo mês, “em virtude da gripe [asiática, segundo os jornais da época] que está grassando nesta Capital!”, explicou o próprio compositor em entrevista para A Noite (30/09/1957).
Na mesma ocasião, Herivelto declarou: “Sinto-me profundamente honrado com o decreto municipal que institui o ‘Dia do Compositor’, homenageando-me, assim, pela minha bagagem artística. E mais: fazendo-o recair no dia 10 de outubro, data que marca 25 anos de atividades artísticas na minha vida de compositor e intérprete”. À afirmativa de Herivelto contrapõem-se duas questões. A primeira: ele aponta o dia 10, e não o dia 7, como início de suas atividades artísticas, sendo que teria sido escolhida “a data de 7 de outubro por ter sido justamente neste dia, do ano de 1932, que fora lançada a primeira composição musical de Herivelto”, segundo o Boletim da Sbacem de outubro/novembro de 1960.
A segunda: de acordo com a “Discografia Brasileira” (Funarte, 1982, volume 2), a primeira composição gravada de Herivelto, “Da cor do meu violão”, foi registrada em estúdio por J. B. de Carvalho, seu parceiro na marcha, no dia 25/10/1932, chegando às lojas apenas em dezembro daquele ano. A bem da verdade, outra criação de Herivelto já havia sido gravada antes: “O terço de Zé Faustino”, cena humorística feita com Euclides José Moreira, levada ao disco em 29 de junho de 1932 pelo Conjunto Tupi e lançada somente em 1933 – ano em que Herivelto iria estrear como cantor, em disco lançado em março de 1934.
Se foi de fato o próprio Herivelto quem estipulou outubro de 1932 como o seu début artístico, por que escolher o dia 7, e não o dia correto, 25? Talvez uma falha de memória, mas pode ter sido intencional, como sugeriu sua filha, a atriz Yaçanã Martins, em declaração feita a Camila Salles para a página da UBC na internet. Yaçanã disse não saber a razão pela qual o pai escolheu essa data, mas arriscou um palpite: “Papai era espírita. Pode ter escolhido o sete porque esse é um número mágico”.
No final de 1957, os políticos contrários à data conseguiram, na Comissão de Educação e Cultura, enfim rejeitar o projeto de lei: “(...) manda o bom senso que seja deferido às próprias associações de classe ou entidades sindicais a faculdade da iniciativa dessas comemorações ou homenagens”, sentenciou o deputado Oceano Carleial (Correio da Manhã, 05/12/1957). No ano seguinte, a celebração foi tímida. O jornal Ultima Hora de 08/10/1958 falou sobre a cerimônia religiosa do dia anterior. O Boletim da Sbacem nº 39 (sem data, possivelmente de outubro de 1958, já que o nº 40 é de novembro), em nota intitulada “Melancólica comemoração do ‘Dia do Compositor’”, não perdoou: “Missa na igreja de São Jorge, assistida por meia dúzia de autores – eis em que se resumiu a comemoração do ‘Dia do Compositor Brasileiro’, várias vezes instituído e do qual nem o próprio Compositor tomou conhecimento”. Então a própria entidade resolveu virar esse jogo.
“7 de outubro – Dia do Compositor Brasileiro”, dizia a manchete na primeira página do boletim de agosto/setembro de 1960. “A Sbacem promoverá este ano as festividades, com um programa bem elaborado”, explicava o subtítulo. O texto informava que a instituição “resolveu, por determinação do seu Conselho Deliberativo” – então presidido por Herivelto –, “tomar parte ativa nos festejos (...)”. A partir daí, a data enfim “pegou”: a edição do boletim de outubro/novembro trouxe nada menos do que 11 páginas com muitos textos e diversas fotografias mostrando o sucesso da efeméride em todo o Brasil. Durante as décadas de 1960 e 1970, as comemorações foram constantes, sempre com missas, visitas aos túmulos de compositores e almoços de confraternização acompanhados por efusivos discursos, tudo devidamente documentado e registrado.
A data conseguiu promover inclusive a paz entre as sociedades rivais: a Manchete de 28/10/1961 trouxe a notícia do almoço na Churrascaria Gaúcha, em Laranjeiras, promovido por UBC, Sbacem, Sbat, Clube do Compositor, Sindicato dos Compositores e Sociedade Arrecadadora de Direitos de Execução de Música no Brasil (Sadembra), “outrora em aberto litígio umas com as outras”. O abraço entre Humberto Teixeira, da UBC, e Herivelto, da Sbacem, publicado pela revista, era o símbolo da confraternização. Em 1966, após a missa na Candelária, o brinde de Pixinguinha, João da Baiana e amigos foi no Bar Gouvea, na Travessa do Ouvidor, Centro do Rio, como informou o Jornal do Brasil de 8 de outubro.
No texto que escreveu para a página da UBC na internet em 2017, Camila Salles conta que houve, em 1983, mais uma tentativa de oficialização do 7 de outubro como o Dia do Compositor, através do projeto de lei 581/83, arquivado em 1989. “Mas a celebração informal se manteve”, ressalta a autora.
E nada melhor do que celebrar essa data com música. Encabeçando nossa playlist está o maior de todos os compositores brasileiros: Heitor Villa-Lobos, com sua “Alegria na horta”, terceiro movimento da “Suíte Floral”. Outro dos chamados “eruditos” – termo cada vez mais questionado pelos próprios autores de música de concerto – é o essencial Carlos Gomes, de quem trazemos a famosa abertura da ópera “Il Guarany”, em versão feita em 1911 (há 112 anos!) pela Banda Escudero, liderada pelo compositor Henrique Escudero.
Falar sobre todas as categorias de compositores é impossível: há os que fazem música instrumental; os que produzem melodia e letra; os especializados em versões; os que escrevem na pauta; os que compõem de ouvido, sem estudo; os que dão aula; os autodidatas; os que não tocam nenhum instrumento; os que tocam pelo menos um. Villa-Lobos, por exemplo, foi compositor, instrumentista e diretor de orquestra, assim como Radamés Gnattali, que na música popular, quando exercia a função de líder orquestral e de conjunto, utilizava o pseudônimo Vero (inspirado no nome de sua primeira mulher, Vera Bieri). Dele é o delicioso choro “De mansinho”, que tem algo de nazarethiano. Aliás, de Ernesto Nazareth é o tango brasileiro “Escovado”, gravado por ele ao piano em 1930.
Nazareth é considerado um dos pilares da moderna música popular brasileira, ao lado de outros gigantes. Entre estes, os seminais Anacleto de Medeiros – autor da sacolejante polca “Cabeça de porco”, executada (117 anos atrás!) pela Banda do Corpo de Bombeiros, dirigida por ele –, Chiquinha Gonzaga – patrona das nossas compositoras, criadora do tango “Gaúcho”, que se tornaria imortal sob o nome “Corta-jaca”, aqui numa gravação de 1908 da mesma Banda do Corpo de Bombeiros – e Pixinguinha, que compunha, tocava, escrevia arranjos e de vez em quando até cantava! É dele o tango “Os Oito Batutas”, que o Grupo do Pixinguinha (com o próprio na flauta) registrou em 1919.
Música e teatro sempre andaram de mãos dadas. A maestrina Chiquinha Gonzaga – fundadora e ocupante da cadeira nº 1 da Sbat – criou um sem-número de canções para o teatro de revista, assim como vários autores do século passado, entre eles Ary Barroso, um dos nossos maiores compositores populares. Em parceria com Luiz Peixoto, por exemplo, Ary fez o samba “Brasil moreno”, composto, segundo contou Jairo Severiano à página do Jornal GGN, para a peça “Joujoux e balangandãs nº 2”, de 1941, e gravado naquele mesmo ano em duas partes por Cândido Botelho, num arranjo suntuoso que remete ao de outro clássico de Ary, “Aquarela do Brasil”.
Noel Rosa, o homenageado do primeiro Dia do Compositor, em 1942, comparece com o samba “Estamos esperando”, que traz uma receita bem peculiar de como se fazer música: “Da tua voz tirei a melodia / E a harmonia eu fiz com teu olhar / Já estava perdendo a paciência / Quando roubei a cadência do teu modo de pisar”. Cronista de costumes, observador atento de sua época, Noel muitas vezes usava o artifício do humor em suas obras, tal como fizeram outros cronistas-humoristas, como o carioca Lamartine Babo, o paulista Adoniran Barbosa e o baiano Gordurinha. De Herivelto Martins, celebrado na efeméride de 1957, mostramos “Lá em Mangueira”, sambão carnavalesco feito em parceria com outro bamba, Heitor dos Prazeres, e gravado pelo Trio de Ouro de Herivelto, Dalva de Oliveira e Nilo Chagas.
Um dos representantes da enorme lista de compositores polivalentes – que brincam em diversos gêneros – é João de Barro, criador de sucessos para o Carnaval e para o meio de ano. Do talento de Braguinha surgiram versões de composições estrangeiras, clássicos do cancioneiro infantil e até um samba considerado precursor da Bossa Nova, “Copacabana” (com Alberto Ribeiro), que Dick Farney levou à cera em 1946. Quem também passeou por ritmos diversos foi Hervê Cordovil: regente e pianista, parceiro de Noel, Braguinha e Lamartine nos anos 1930, ele abraçou o baião nas décadas de 1940/1950 e, nos anos 1960, estava compondo rock para o filho, Ronnie Cord. De Hervê e Luiz Gonzaga é o “Baião da garoa” (originalmente denominado “Baião na garoa”).
Gonzagão joga no time dos que, além de compor, ainda cantam e tocam algum instrumento, como Dorival Caymmi, Jackson do Pandeiro, Nelson Cavaquinho, Caetano, Gil, Jorge Ben(jor), Edu Lobo, Tom Jobim... Não por acaso, todos citados na letra de “Paratodos”, de Chico Buarque, ele próprio um cantautor. Também mencionado por Chico, Vinicius de Moraes foi um poeta e letrista que atacava – muito bem, por sinal – de compositor bissexto, como no pouco conhecido samba “Chorando pedia”, que sua amiga Aracy de Almeida gravou em 1959.
Fechando com chave de ouro, fazemos nossa reverência às compositoras brasileiras, abrindo alas – parafraseando a já citada Chiquinha Gonzaga – para: Zelita Vilar e Réa Cibele, cujo belo samba-canção “Saudade de uma saudade” foi lançado em 1933 por Jesy Barbosa; Amélia Brandão Nery, a Tia Amélia, que gravou ao piano em 1953 seu choro “Chuvisco”; a também pianista Carolina Cardoso de Menezes, intérprete – em 1950 – de “Regressando”, choro cheio de suingue feito por ela; e duas cantautoras: Dolores Duran, cujo “samba teleco-teco” “Tome continha de você” ganhou a voz de Elza Laranjeira em 1960, e Dora Lopes, que assina o sambão “Vou lhe matando devagar”, de 1964.
Fica aqui nossa saudação a todos e todas que exercem, no Brasil, a arte da criação musical, atividade que eu – tendo pai, avô e irmãos compositores – aprendi, desde criança, a admirar e a aplaudir.
Foto: Detalhe da partitura de "Os Oito Batutas", de Pixinguinha / Acervo Pixinguinha / IMS