“Ainda ontem eu estava falando no abuso das chegadas de Deus Momo em Porto Alegre, atualmente. Quase que em cada rua chega um Deus Momo, cada qual mais sem graça. No meu tempo era diferente. Deus Momo chegava uma só vez. Embarcava na Ilha da Pintada. Vinha num vaporzinho da margem. No cais, os foliões aguardavam-no, ansiosos. Um orador saudava Sua Majestade. (...) Então, saíam ‘bestialógicos’ de fazer o povo torcer-se de tanto rir. Os fatos políticos, as declarações dos figurões do dia, as frases retumbantes dos parlamentares de vulto, tudo era motivo de galhofa”.
A reminiscência carnavalesca foi feita em 1936 por aquele que é considerado o introdutor do bandolim e o responsável pela aceitação do violão no Rio Grande do Sul, estado que, embora tenha uma participação ativa na música popular brasileira, não costuma ser exatamente lembrado por sua ligação com o Carnaval e com o choro. O elo que liga essas duas manifestações culturais à capital gaúcha é o precursor Octavio Dutra. Compositor, instrumentista e professor porto-alegrense nascido em 03/12/1884, há 140 anos, foi ele o “maior ás da nossa música leve”, como o chamou o Diário de Notícias de Porto Alegre, onde foi publicada, em 21/02/1936, a declaração que abre este texto.
“Autor de valsas e polcas que circularam pelo país já no ano de 1900, quando tinha apenas 16 anos, Octavio Dutra viria a se tornar, mais tarde, o primeiro grande carnavalesco porto-alegrense, animador de blocos e cordões, criador de músicas especiais para o período de Momo. Maestro, professor, boêmio e seresteiro, Dutra lançou os alicerces da música popular no Rio Grande do Sul e ensinou milhares de jovens a trilhar os caminhos da música”, informa o jornalista Danilo Ucha no prefácio do livro “Octavio Dutra na história da música de Porto Alegre”, escrito pelo maestro Hardy Vedana (Ed. do autor, 2000).
Dutra, que animava os saraus e as serestas de Porto Alegre com o seu Bando do Octavio, participaria ativamente das principais agremiações carnavalescas da cidade: foi diretor do cordão Os Tigres e fundador dos cordões Os Batutas (1921) – que viria a ser o mais famoso da capital gaúcha na primeira metade do Século 20, cujo nome, segundo Vedana, foi possivelmente inspirado nos Oito Batutas de Pixinguinha, surgidos em 1919 –, Os Vampiros (1922), Passa Fome e Anda Gordo (1927) e ainda do bloco feminino As Batutas (1934). Para todos estes – e também para Os Fidalgos e para a Sociedade Carnavalesca Estrela d’Alva – criaria inúmeras composições.
Artista polivalente, também marcou presença como autor de jingles e ainda no teatro de revista. Fez músicas para onze peças, desde “O pau bate” (1907) até “Rancho abandonado” (1935). Uma delas, “Tipos & tipas”, foi escrita em 1915 por seu irmão, o também instrumentista Arnaldo Dutra (1887-1929). O próprio Octavio atacaria de autor teatral em “Ai, meu Cacete!...”, de 1930, tendo como gancho a chamada “Revolução de 30”; o título alude ao Palácio do Catete, sede do governo federal na então capital da República, Rio de Janeiro.
“Sem ter conhecimento de música”, como afirma Hardy Vedana, o filho do magistrado Miguel Antônio Dutra Filho e de Leopoldina Pedroso iria compor em 1900, aos 15 anos, “sua primeira peça musical (...). Uma valsa com o título de ‘Nº 1’”. A esta seguiram-se, em 1901, a “Polka nº 1” e a “Valsa nº 2”; em 1902 viriam a “Valsa nº 2”, a valsa “Sonâmbula” e a “Polka sem nome”. Inspirado em Diamantina Figueiredo – com quem se casaria em 03/06/1908 e teria duas filhas, Octalita (falecida aos dois anos de idade) e Dioctavina –, dedicaria à amada, em 1905, a composição “Diamantina”. Em 1907, segundo Vedana, Dutra publicou seu primeiro álbum musical, sob o título “Pétalas”, com as polcas “Espalha patrulha” e “Desprezada”, as valsas “Separação” e “Colar de lágrimas” e o schottisch “Amor em segredo”.
O autodidata Octavio ingressaria em 1909 no Conservatório do Instituto de Belas Artes, como conta Márcio de Souza na tese de pós-graduação em História “Mágoas do violão: mediações culturais na música de Octávio Dutra” (PUC-RS, 2010). Com Murilo Furtado, ele estudou harmonia e contraponto. Em 1910, de acordo com Vedana, “Abre um curso particular de música, lecionando violão e bandolim, estendendo-o até sua morte”. “Apaixonado pelo violão – instrumento que nos primeiros anos deste século [Século 20] era tido como de segunda categoria, sendo utilizado somente por vagabundos, vadios e bêbados –, o compositor começou a introduzi-lo na sociedade local. E o fez com grande sucesso”, complementa Vedana.
As composições de Dutra acabariam por se tornar conhecidas em outros cantos, “levadas ao centro do país por artistas e músicos que aqui [em Porto Alegre] chegavam com as Companhias de Revista. Estas, tomando conhecimento daqueles sucessos produzidos no Sul, tornavam-os conhecidos, tocados e gravados na capital federal [Rio de Janeiro], onde havia surgido uma gravadora de discos: a Casa Edison”, explica o biógrafo de Dutra – que “granjeou fama no Rio de Janeiro, sem jamais ir até lá”, apontaria Dante Pianta no Diário de Notícias de Porto Alegre em 19/07/1961.
Seu formidável repertório instrumental naturalmente caiu nas graças das bandas da época. A do Corpo de Bombeiros fez, em 1912, o registro sonoro da valsa “Mocinha”. A Banda da Casa Edison levou ao disco no mesmo ano o schottisch “Coração de ouro” e, no ano seguinte, a lindíssima valsa “Celina”. Também em 1913, a Veríssimo Glória, de São Paulo, gravou o dobrado “O conscrito” e a polca-tango “Avenida Paulista”.
Na mesma época, a Banda do 10º Regimento de Infantaria do Exército eternizou na cera sete músicas: o tanguinho “Choro dos becos”, a valsa “Carinhos de mãe”, os schottisches “Céu aberto” e “Durvalina”, as polcas “Pinhão quente” (parceria com São João Rabelo) e “Bela porto-alegrense” e a mazurca “Bela bajeense” (solada pelo trompetista Inácio Accioly). Em dezembro de 1913, outra versão da valsa “Celina”, um dos carros-chefes de Dutra, seria lançada por um conjunto que faria história para além dos Pampas: o Terror dos Facões!
“Oriundo do então ‘Trio do Choro’, este grupo foi organizado por Octavio Dutra por volta de 1911 e 1912. Dos músicos iniciais, Arnaldo Dutra (cavaquinho), Honório [da Silva] (violão) e mais o bandolim de Octavio Dutra, acrescentaram-se outros elementos. Ao Terror dos Facões foram se somando vários instrumentistas (...)”, diz J. C. Paixão Côrtes em “Aspectos da música e fonografia gaúchas” (Ed. do autor, 1984). Paixão Côrtes explica a origem do curioso nome do conjunto:
“Todos seus músicos destacaram-se como exímios executantes de seus instrumentos. Eram tão afamados que, nos locais onde se apresentavam para tocar, os demais músicos, constrangidos, guardavam e até escondiam seus instrumentos. Este fato valeu-lhes o nome de ‘Terror dos Facões’, pois a palavra ‘facão’ era dada ao músico que executava mal o seu instrumento. Assim o nome do grupo não foi escolhido por seus próprios integrantes, mas sim atribuído a eles por sua grande competência musical”. Paixão Côrtes conta que, dependendo da ocasião, “o grupo se transformava ‘de chorões’ em orquestra (...)”.
O Malho, 04/10/1913
Apesar de ter existido, com formações diferentes, até pelo menos 1922 – quando ainda estava em atividade, segundo o jornal A Federação de 10 e 11/03/1922 –, o Terror dos Facões gravaria durante apenas dois anos. Na página Discografia Brasileira contabilizam-se 28 músicas (em uma, o conjunto aparece como acompanhante de Inácio Accioly): 25 no ano de 1913, em discos Odeon, e três em 1914 pelo selo Gaúcho. Do repertório constam polcas, valsas, schottiches, uma mazurca e um monólogo. “Mesmo sem uma linguagem musical mais organizada, grupos como o Novo Cordão e o Terror dos Facões já traziam um esboço de arranjo em suas execuções. De certa maneira, esses grupos, e mais tarde o Grupo do Baianinho, estavam em termos de estruturação à frente dos Oito Batutas, que surgiria em 1919”, destaca Henrique Cazes no livro “Choro: do quintal ao Municipal” (Ed. 34, 1998).
Cazes enfatiza que, “Embora o Choro fosse um fenômeno carioca, algumas das melhores gravações dessa época são do grupo gaúcho Terror dos Facões, organizado em Porto Alegre pelo violonista, compositor e teatrólogo Otávio Dutra (1884-1937). Dutra é autor de muitas valsas e pelo menos uma ótima polca (aliás, já quase um Choro como forma), intitulada ‘Olha o poste’”. Jota Efegê, em O Globo de 13/05/1977, destacou algumas criações de Dutra: “Uma delas, a denominada ‘Sempre teu’, era um xote (schottisch). Outra, a de título galhofeiro, ‘Olha o poste!’, era (como deveria ser) uma polca. ‘Carinhos de mãe’, sugerindo ternura, era uma valsa. ‘Vagabunda’ era (como convinha) polca. ‘O maxixe’ (naturalmente inspirado por Nazareth) era tango, ou, mais acertadamente, tanguinho, para evitar confusão com o homônimo platino”.
Além da excelência na execução do grupo, há enorme qualidade nas 21 composições de Octavio gravadas pelo Terror dos Facões. São “Pérolas” – tomando emprestado o título de seu segundo álbum de músicas – como os schottisches “Diálogo das flores”, “Coração de ouro” e “Amar em segredo”, a polca “Como há de ser” (feita em parceria com Creso de Barros, flautista do Terror dos Facões), as valsas “Republicana” e “Orvalho de lágrimas” e a mazurca “Coração que fala”, onde Octavio simplesmente “estraçalha” ao bandolim!
O grupo teve sua foto publicada na revista O Malho de 04/10/1913. Nela aparecem cinco integrantes: os irmãos Arnaldo e Octavio Dutra (empunhando seu bandolim), João Cornetet, Pedro Neves e Honório da Silva. “Sempre nós, nós sempre os preferidos / E da lira somos bons chorões / Afinados, fortes e unidos / Eis aqui o Terror dos Facões”, dizia o imodesto e contagiante “hino de guerra” do bando, composto por Octavio, que seria gravado apenas em 1950, com o título “Sempre nós (Terror dos Facões)”, pela flauta do porto-alegrense Dante Santoro com o canto dos Trigêmeos Vocalistas.
Santoro, aluno e amigo de Octavio, foi responsável pela gravação, em 1934, de três ótimas valsas deste último, acompanhado pelos violões de Tute (Arthur Nascimento) e Manoel Lima e pelo bandolim de Luperce Miranda: “Saudades do Jango”, “Beatriz” e “Nilva”. Esta receberia mais tarde uma letra do também porto-alegrense Lupicínio Rodrigues, publicada no livro “Foi assim: o cronista Lupicínio conta as histórias das suas músicas” (L&PM, 1995). Em uma de suas crônicas, Lupi chama Octavio de “maior violonista que já deu o Rio Grande do Sul”, “o maior de todos eles”, “o rei da valsa, o homem que conseguiu formar uma orquestra somente com violões e dar um espetáculo no Theatro São Pedro, executando a ópera ‘O guarani’”, de Carlos Gomes – fato que ocorreu em 28/07/1926, como informa Hardy Vedana.
“Na lista que o Diário Oficial publicou no dia 30 de janeiro, de registros de direitos autorais, há raríssimos trabalhos literários, mas há um número colossal de composições para fonógrafos, figurando com o maior número o compositor Octavio Dutra. Entre As duzentas composições registradas no último dia do ano findo, só ele tem cerca de trinta!”, surpreendia-se o redator de A Noite (04/02/1915). O “interessante recorde” – como dizia o título da matéria – seria comentado décadas depois por Jota Efegê em O Globo de 13/05/1977. Mas Ary Vasconcelos, no livro “A nova música da República Velha” (Ed. do autor, 1985), fez um cálculo diferente.
“A produção de Otávio Dutra talvez constituísse mesmo um record se essas trinta composições registradas tivessem sido compostas em um ano. (...) Mas como (...) figura a valsa ‘Carinhos de mãe’, de 1906, suspeito que Otávio tenha dado entrada em composições pertencentes a várias épocas. (...) 30 músicas em 15 anos de atividade corresponderia a duas músicas por ano, o que está longe de se constituir em uma prova de fertilidade” – embora Octavio tenha deixado, sim, uma obra bastante volumosa. Vasconcelos enfatiza: “Importará bem menos, entretanto, a quantidade do que a qualidade, e esta é suficiente para garantir a seu autor o interesse dos pesquisadores que cuidam de nossa música popular”.
Sua obra cantada – Octavio também fazia versos – começou a chegar ao disco ainda em 1913, quando Benjamin Borges gravou três modinhas: “Uma lágrima”, “Súplica” e “Confissão de amor”. O carioca Eduardo das Neves foi o lançador, em 1915, da canção “Gaúcho destemido” e da versão com letra de “Celina”; já o baiano Artur Castro, que se tornaria seu principal intérprete vocal, deixaria registrada em 78 rotações no ano seguinte uma série de modinhas: “Aos poucos”, “Suspiros”, “Voga voga”, “Te esqueceste” e “Má”.
Pixinguinha e Octavio Dutra teriam se conhecido em 1927, de acordo com Arthur de Faria, no capítulo IV de seu trabalho “Porto Alegre: uma biografia musical”. Sérgio Cabral, em “Pixinguinha: vida e obra” (Lumiar Editora, 1997), confirma que os Batutas do compositor carioca realmente se apresentaram na capital gaúcha em setembro daquele ano. Faria diz que “Pixinguinha levou na bagagem de volta ao Rio partituras e autorizações para gravar sete músicas de Octavio”. Nenhuma composição dele seria algum dia levada ao disco pelo mestre Pixinga, mas este teria executado – ou pretendido executar – ao menos uma, em seu programa “O pessoal da velha guarda”, na Rádio Tupi: o choro “Teimoso”.
No seu acervo guardado no Instituto Moreira Salles há uma partitura impressa (Editora Mangione, 20/07/1949) e um arranjo para orquestra feito pelo próprio Pixinguinha, que classificou “Teimoso” como tango brasileiro. Na capa da edição impressa, há uma observação escrita a lápis: “Esse número vae [sic] no programa Velha Guarda”. Em disco, o choro foi gravado em 1949 por Dante Santoro com a orquestra do maestro Carioca (Ivan Paulo da Silva). Também no Acervo Pixinguinha/IMS, há seis partituras de Octavio Dutra manuscritas (possivelmente pelo próprio autor): “Cabocla Farroupilha”, “Florinda” (serenata), as polcas-choro “Só o periquito” e “Só pra mim” e os sambas “Chora violão!” e “Meu ciúme”, este último dedicado por Octavio “Ao exímio flautista e inspirado compositor Alfredo Vianna (Pixinguinha)”.
A capa da partitura do samba 'Meu ciúme' com dedicatória a Pixinguinha entre duas partituras do choro 'Teimoso', uma manuscrita e a outra impressa. Acervo Pixinguinha/IMS.
Octavio fundou e dirigiu a Orquestra da Guarda Velha (homônima da que Pixinguinha criaria no Rio em 1931) na Rádio Sociedade Gaúcha, inaugurada em fevereiro de 1927, da qual foi diretor musical até 1934. Nessa época já andava doente: segundo informa Vedana, por volta de 1933-34 Octavio Dutra “teve seu primeiro ataque de paralisia”, que prejudicou sua mão esquerda. O segundo viria em maio de 1935. Ao ser entrevistado pelo Diário de Notícias de Porto Alegre (21/02/1936), já se encontrava debilitado. “(...) atacado por grave enfermidade, Otavio Dutra viu-se como que forçado a abandonar a profissão a que se dedicara de corpo e alma (...)”, destacava o jornal A Federação de 28/05/1936, em matéria que anunciava, para aquele dia, uma “festa de arte” em prol do “conhecido professor de música e compositor patrício (...) querido pelo público de Porto Alegre”.
O maior agitador cultural da capital gaúcha faleceu em sua cidade natal no dia 09/06/1937, aos 52 anos, legando à nossa música popular, além das músicas gravadas em 78 rotações, um acervo enorme de partituras. Márcio de Souza, em sua tese, aponta um total de 478 composições deixadas – em discos e nas pautas musicais – por Dutra.
“(...) o Maestro Octavio Dutra faleceu pobre, deixando uma bagagem musical respeitável e representativa, mas que não está sendo divulgada como merece”, assinalou anos depois Dante Pianta, no Diário de Notícias de 19/07/1961. A obra de Octavio Dutra seria levada adiante pelos conterrâneos Dante Santoro e Pery Cunha. Este, com seu bandolim endiabrado, gravou um disco de 78 rotações (lançado em 1952) com o fantástico choro “Mágoas do violão” e a valsa “Coração chorando”. No ano seguinte, viria mais um 78 rpm do bandolinista, com a valsa “Beatriz” e o sacolejante choro “Tu sabes”.
“(...) exceto por uma rua no bairro porto-alegrense de Santa Teresa, o nome de Octavio Dutra foi gradativamente esquecido até quase ninguém mais lembrar dele. Nos 50 anos seguintes à sua morte, houve apenas uma iniciativa em sua memória: a Orquestra Brasileira Octavio Dutra (mais tarde rebatizada de Orquestra Filarmônica Popular de Porto Alegre – OFIPPA)”, recorda Arthur de Faria, aludindo à agremiação fundada em 1961 por Voltaire Dutra Paes (1926-1990), sobrinho de Octavio. Haveria uma outra homenagem, em forma de música: “No tempo de Octavio Dutra”, do compositor porto-alegrense Alberto do Canto, gravada por Marcos Miranda no compacto duplo “Férias em Porto Alegre”, de 1964.
Neste século 21, felizmente o compositor voltou a ser celebrado. A gravadora Biscoito Fino dedicou o volume 5 da série de CDs “Memórias musicais” (2002) ao grupo Terror dos Facões, relançando suas gravações originais. Em 2003, o Duo Retrato Brasileiro (Márcio de Souza e Nivaldo José) trouxe à luz o CD “Espia só” – nome de um tanguinho de Octavio Dutra –, somente com obras do autor gaúcho. Algumas de suas composições integraram a série de CDs “Choro carioca – Música do Brasil”, da Acari Records, em 2006. “Espia só” também batizou o documentário dirigido por Saturnino Rocha e lançado em 2012 (veja aqui um trecho).
Para a nossa sorte, e também da música brasileira, os ventos parecem estar soprando em outra direção: talvez seja o Minuano ajudando a ventilar novamente pelos quatro cantos do país a obra do grande mestre dos Pampas.
Foto principal: o biografado de Hardy Verdana na capa do livro “Octavio Dutra na história da música de Porto Alegre”.