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    É a maior, é a maior! Os cem anos da minha, da sua, da nossa eterna favorita: E-mi-li-nha Borrrrba!!!

    Fernando Krieger

    tocar fonogramas

    “Emilinha desfilou em carro aberto pela Avenida Rio Branco, seguida por cerca de seis mil pessoas (...)”. O episódio remete a um desfile de bloco de Carnaval, mas não: a multidão que compareceu ao Centro do Rio de Janeiro estava ali somente por causa dela, Emilinha Borba, reverenciando os 50 anos de carreira de um dos maiores mitos que o país já conheceu. A matéria de Ayrton Mugnaini Jr., publicada na Folha da Tarde (de São Paulo) em 06/09/1990, informava ainda que ela foi “homenageada com missas, coquetéis, montanhas de flores, uma placa de prata e mais um título: ‘Eterna Rainha do Rádio’. Além disso, Emilinha fez um show para o Teatro Rival, lotado na segunda-feira seguinte, dia 3”.

    Os festejos nem de longe dão a dimensão da sua importância para a música popular brasileira. Carioca nascida há cem anos, em 31/08/1923, na Rua Visconde de Niterói, na Mangueira, Emilia Savana da Silva Borba se tornou não só uma das mais populares e emblemáticas cantoras da nossa história: foi uma campeã em todos os sentidos. Abriu portas, lançou sucessos, enfrentou a quase perda da sua voz, soube se reinventar e estabeleceu recordes impressionantes. A “ficha técnica” publicada no Caderno B do Jornal do Brasil de 12/01/1987, apesar de expressiva, realça apenas uma parte de sua trajetória:

    “Dez vezes vitoriosa nos concursos de músicas de Carnaval / Única cantora brasileira a ter um tetracampeonato carnavalesco / Três vezes eleita a Favorita dos Marinheiros e, em 1949, consagrada como a Favorita permanente da Marinha / Mais de 100 capas da Revista do Rádio (...) / Na filmografia, mais de 60 filmes musicais nacionais e pelo menos um internacional: ‘It’s all true’ (...) / Primeira cantora brasileira a gravar tema de novela, a toada ‘Jerônimo – O herói do sertão’ / Primeira cantora a gravar um samba de enredo, da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, 1957, sob o título ‘Brasil fonte das artes’ (...) / Artista que mais concursos e pesquisas populares venceu e a que maior número de títulos possui”.

    Entre estes, além do já mencionado Favorita Permanente da Marinha, estão os de Melhor Cantora (entre 1950 e 1953 e ainda em 1958), Favorita do Programa César de Alencar, Campeã em Correspondências da Rádio Nacional (entre 1946 e 1964), diversos títulos de Rainha – dos Corações, dos Auditórios, dos Estudantes, da Rádio Nacional, das Cantoras (1961), do IV Centenário do Rio de Janeiro (1965), do Carnaval de Londres (1988) –, Favorita Permanente do Gay Power e duas distinções concedidas pela Câmara dos Vereadores do Rio: a Medalha Pedro Ernesto (1987) e o diploma de Cidadã Benemérita da cidade (1991).

    Nada mau para a garota que, aos 13 anos, já se apresentava em dupla com a irmã Xezira Borba (a futura cantora Nena Robledo) no programa “A voz de ouro” da Rádio Cajuti (PRE-2), como noticiado em A Offensiva de 18/09/1936. Que, na “Hora do calouro” da Cruzeiro do Sul, segundo a Gazeta de Notícias de 01/12/1936, recebeu uma insossa nota 3 (regular). Que, na mesma audição, impressionou o cronista de A Batalha (02/12/1936), cuja opinião era a de que ela não ficara “atrás das nossas melhores sambistas”. Que participava, na Cruzeiro do Sul, do programa “Hora H”, de Ary Barroso e Paulo Roberto, além de outros na mesma emissora: “Emilia Borba é uma jovem e bonita cantora que se vem fazendo na ‘Hora juvenil’ e pode ir longe...” (Carioca, 24/07/1937).

    Longe? O autor desconhecido não fazia ideia. Sua amiga de infância, Edila Luiza Reis, sim. A futura cantora e compositora Bidu Reis (1920-2011) começou sua carreira praticamente junto com Emilinha. Em pouco tempo, formavam o duo As Moreninhas – que os jornais de 1937 chamavam de Dupla Moreninha. A Gazeta de Notícias de 04/09/1937 publicou a foto das duas, Emilia Borba contando então 14 anos de idade recém-completados.

    Emilinha, em várias entrevistas futuras, faria questão de destacar o empurrão que Carmen Miranda deu à sua carreira em 1938. Dizia ela que conheceu a Pequena Notável por intermédio da mãe, a baiana Edith da Silva – o pai, Eugênio Jordão Borba, já havia falecido por essa época. Sua mãe “conseguiu uma vaga para trabalhar no toalete das senhoras do Cassino da Urca, onde tirava um ordenado à base de gorjetas”, como lembrou em depoimento ao livro “... eternamente Rainha, Emilinha Borba!”, de Angela Cristina Ferreira e Paulo Armel.

    Ao saber que a filha da funcionária tinha inclinações artísticas, Carmen teria solicitado a Edith que levasse a menina para fazer um teste no cassino. Mesmo sendo menor de idade, foi empregada por Joaquim Rolla, dono do estabelecimento, atendendo a um pedido da própria Carmen – que ainda teria cedido à jovem crooner vestidos e sapatos de seu guarda-roupa. Após uma temporada no Cassino de Icaraí, em Niterói, fez sua estreia – conforme anunciava a Gazeta de Notícias de 25/01/1939 – ao microfone da Rádio Nacional, onde faria história – mais do que isso: onde se tornaria lendária. Mas havia ainda muito caminho a percorrer.

    “Em fevereiro de 1939, já se apresentava, através da Rádio Record, de São Paulo, no Teatro Coliseu, ao lado de Orlando Silva, Sylvio Caldas e Almirante. Era ainda ‘Emilia’ Borba. Nesse mês ocorria o lançamento de sua primeira gravação, a marcha ‘Pirulito’, de João de Barro e Alberto Ribeiro, em disco Columbia”, conta Abel Cardoso Júnior no encarte do CD “Emilinha Borba” (Revivendo, CD-018). Ela e Nilton Paz levaram à cera uma adaptação, feita pelos autores, da cantiga infantil “Pirulito que bate, bate” – mas o nome da mocinha de 15 anos não foi creditado no rótulo. Neste mesmo ano, estreou na tela grande, no longa “Banana da terra”, o primeiro de muitos. “Em toda a história do cinema brasileiro, foi a cantora que mais participou de filmes”, afirma Abel Cardoso. Um total de 44 títulos, de acordo com a página oficial da artista na Internet.

    Abel Cardoso lembra que “Emilinha, ainda como Emilia Borba, faria na Columbia, até 1940, mais 4 discos”. Inclusive o da sua estreia fonográfica “oficial”, com seu nome enfim constando no selo. Gravado em março de 1939, trazia dois bons sambas de Eratóstenes Frazão, “Ninguém escapa” e “Faça o mesmo” (samba-choro em parceria com Antônio Nássara). “Em seguida seria contratada pela Odeon. (...) Foi em sua rápida passagem pela Odeon que seu nome, grafado como ‘Emilinha’, apareceu pela primeira vez no selo do disco”, esclarece Abel Cardoso. De volta à Columbia, agora Continental, ela lançaria composições de diversos autores, entre eles seu cunhado Peterpan – José Fernandes de Paula, casado com Nena Robledo/Xezira Borba –, de quem gravou “Você e o samba”, parceria com Ari Monteiro. Neste período, alcançaria sucessivos êxitos, incluindo um megasucesso: a rumba “Escandalosa”, de 1947.

    O adjetivo contrastava com a imagem que passava para o público, a de boa moça, educada, discreta. “De personalidades completamente diferentes, Emilinha era graciosa, de gestos contidos e imagem comportada, com uma voz suave e agradável, enquanto Marlene fazia jus ao seu slogan inicial ‘Ela que canta e samba diferente’. (...) No íntimo, entretanto, Emilinha era deliciosamente desbocada e irreverente, e Marlene eventualmente mais séria e até pudica”, entrega Rodrigo Faour no volume 1 de sua “História da música popular brasileira, sem preconceitos” (Record, 2021). No livro “A vida de Marlene – Depoimento” (Editora Rio), é a grande “rival” quem declara: “(...) adoro Emilinha dizendo palavrão – ela diz tão engraçado. (...) Emilia é o oposto da imagem que tem em público – é engraçadíssima, você morre de rir com ela”.

    Rusgas, houve uma ou outra. Competição, com certeza. Mas a tão falada rivalidade entre Emilinha e Marlene – cujo centenário lembramos neste post – foi acirrada mesmo pelas respectivas fãs, como lembra Jairo Severiano em “Uma história da música popular brasileira: das origens à modernidade” (Ed. 34, 2008): “(...) o estopim que incendiou a rivalidade foi o concurso para a eleição da ‘Rainha do Rádio’, em 1949. Emilinha era a favorita e por certo venceria facilmente se não ocorresse a entrada na disputa da Companhia Antarctica Paulista, (...) que comprou milhares de votos (...) e elegeu a sua patrocinada, Marlene”.

    Jairo esclarece: “Embora tal procedimento nada tivesse de ilegal, pois o objetivo principal do concurso era angariar, através da venda de votos, dinheiro para a construção do Hospital do Radialista, as fãs de Emilinha, inconformadas com a derrota, sentiram-se roubadas, ludibriadas, passando a considerar a vencedora e suas admiradoras ferrenhas inimigas”. Nos programas de auditório da Nacional, “(...) tempo quente mesmo era às quintas e sábados, com a explosão da briga muito bem-preparada e mais bem-mantida entre Emilinha e Marlene. Difícil de se acreditar, hoje em dia, a que auges de loucura chegavam os fã-clubes dessas duas cantoras”, recorda Mário Lago em “Bagaço de beira-estrada” (José Olympio, 2012, 3ª edição). Na “vida real”, contudo, ambas sempre se admiraram e se respeitaram mutuamente – Emilinha vindo a ser madrinha do casamento de Marlene com o ator Luiz Delfino, em 1952 –, apresentando-se em dupla em diversas ocasiões.

    Emilinha no acervo de José Ramos Tinhorão: cartão de Natal enviado pelo Fã-Clube Nacional da artista em 1978

    Hermínio Bello de Carvalho, escrevendo para a edição nº 9 de Rádio Entrevista (1951), recordou que elas haviam interpretado juntas o baião “Suspiro que vai e vem” na despedida de Marlene, antes da viagem desta a Paris. A capa da Revista da Rádio Nacional de setembro de 1950 mostrava as duas dividindo o microfone, e há diversas fotografias em que as Rainhas do Rádio aparecem lado a lado – sim, Emilinha finalmente conquistaria o cobiçado título em 1953. Também dividiram três fonogramas: os lados A e B do disco Continental 16147, gravado em novembro de 1949 e lançado dois meses depois, e a marcha “A bandinha do Irajá” (1950), cantando harmoniosamente a duas vozes. Na bolachinha anteriormente citada, registraram o samba “Eu já vi tudo” e a marcha “Casca de arroz”, esta última aludindo a um enorme sucesso – até hoje – de Emilinha: a existencialista “Chiquita bacana” (leia mais sobre a desinibida personagem neste post).

    Na discografia de Emilinha há diversos gêneros musicais. Entre os sambas estão “Como eu sambei”, “Se queres saber”, “Já é de madrugada”, “Porta-bandeira”, “Nosso amor” e “Tem marujo no samba” – que só poderia mesmo ter sido lançado pela Favorita da Marinha, cantando em dupla com Nuno Roland. O repertório da cantora abrigava ritmos variados, inclusive internacionais, como rumbas (“Aqueles olhos verdes”) e boleros: o caliente “Dez anos” se tornaria um dos seus carros-chefes. Ela tinha também os pés no Nordeste: foi a lançadora, num mesmo disco, de dois grandes êxitos da dupla Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira, “Paraíba” e “Baião de dois”, seguindo na mesma pisada com “Cacimbão”, de Teixeira com Felícia Godoy.

    Na festa de Momo, Emilinha pintou e bordou! Depois de emprestar a voz para “Chiquita Bacana”, o “grande êxito de 1949” – palavras de Edigar de Alencar no livro “O Carnaval carioca através da música” (Francisco Alves, 1979, 3ª edição) –, ela colocou diversas marchinhas na boca do povo. Entre elas, “Tomara que chova” (que os Vocalistas Tropicais haviam lançado pouco antes), “A água lava tudo” (“Só não lava a língua dessa gente”) e a maliciosa “Vai com jeito”, “a marchinha mais cantada pelos foliões em 1957”, conta Rodrigo Faour na sua “História sexual da MPB: a evolução do amor e do sexo na canção brasileira” (Record, 2006). Nesse mesmo ano, levou ao acetato o samba-enredo “Brasil fonte das artes” – na verdade, apenas uma parte deste, talvez por falta de espaço no disco –, que a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro apresentara no ano anterior.

    Na década seguinte, Emilinha se tornaria tetracampeã do Carnaval com sucessos cantados até os dias atuais: primeiro veio “Pó de mico”, em 1963, com o verso “foi ele quem jogou o pó em mim” – Faour lembra que “O ‘pó’ facilmente vira outra coisa”, na cabecinha saliente dos foliões. No ano seguinte estourou a “Marcha do remador” – sim, essa mesma, a do “se a canoa não virar”, que ganhou do povão uma outra letra, impublicável nesse espaço. “O folião sempre dá um jeito de botar sacanagem no meio da música, mas não fico chateada. O importante é que eles lembrem sempre das minhas músicas”, disse Emilinha em 2005, citada por Faour em seu livro. A cantora seguiu vitoriosa em 1965 com “Mulata yê yê yê” e em 1966 com “Cancan no Carnaval”.

    Foi nessa época que a botafoguense Emilinha se lançou também como compositora. Das onze músicas onde ela aparece como coautora – de acordo com levantamento feito na página do Instituto Memória Musical Brasileira –, quatro saíram em discos de 78 rotações: o bolero “Chuva de arroz”, as marchas “Maria Carnaval” e “É brasa” e o samba “Fica comigo”.

    “Sob o patrocínio da Fonte dos Tecidos, vai cantar para o Brasil a minha, a sua, a nossa E-mi-li-nha Borrrrba!”. Assim era a famosa apresentação feita por César de Alencar na Rádio Nacional. “Ela é fã da Emilinha / Não sai do César de Alencar”, brincava Miguel Gustavo em 1957, na marcha “Fanzoca de rádio”. O locutor César Ladeira a chamava, na Mayrink Veiga, de “Garota Grau Dez”. Paulo Gracindo a batizou de “O Getúlio Vargas da Canção”, “pela ambição da cantora de atingir todos os públicos”, explicou Tárik de Souza no Caderno B do Jornal do Brasil de 30/01/1999. Epítetos que ela recebeu na vida profissional – mas na pessoal, para os mais íntimos, ela era simplesmente Miloca.

    Entre 1968 e 1972, a cantora enfrentou um edema nas cordas vocais que a afastou por algum tempo da vida artística. Fez duas cirurgias e precisou de aulas de dicção para reeducar a voz, sempre apoiada por seu marido, Arthur de Souza Costa Filho, e pelo jovem Arthur Emílio, filho do casal. Em 1972, o compacto duplo “Voltei para ficar” marcou seu retorno, celebrado por diversos órgãos da imprensa. Emplacou em seguida mais um sucesso carnavalesco: a marcha “Israel” (1973). Dona de uma extensa discografia – que abrange o período de 1939 a 2005 –, sua página oficial na Internet contabiliza 117 discos de 78 rotações, 89 LPs, 71 compactos (simples e duplos) e 27 CDs.

    Emilinha, de talento e carisma extraordinários, foi garota-propaganda de pelo menos duas dezenas de produtos. Foi apresentadora de televisão, tema de diversas exposições e, por mais de dez vezes, enredo de escolas de samba. Fez participações especiais em novelas (“Cambalacho”, da Globo, “Carmen” e “Olho por olho”, da Manchete) e na série “Chiquinha Gonzaga” (Globo). Foi madrinha de diversas agremiações carnavalescas, incluindo a primeira escola de samba dos Estados Unidos, a “Samba School Carmen Miranda”. Estrelou shows marcantes: “Oh! As marchinhas...” (com Jorge Goulart), “Cantando e contando os Carnavais” (com Braguinha), “Quero Kelly” (com João Roberto Kelly), “Emilinha não é só marchinha”, “Emilinha pinta e Borba”...

    Emilinha no acervo de José Ramos Tinhorão: detalhe de carta enviada por Urbano Câmara, relações públicas do Fã-Clube Nacional da artista

    Foi, mais do que tudo, imensamente grata às suas (e aos seus) fãs, fizessem ou não parte do Fã-Clube Nacional Emilinha Borba (cuja sede, nos áureos tempos, ficava na Praça Floriano, na Cinelândia, Centro do Rio), estivessem elas/eles em qualquer lugar do país. Fãs que, em vida, sempre comemoraram seu aniversário com super concorridas missas – ela era católica fervorosa –, almoços, passeatas e, claro, muitos aplausos nos seus shows, e que nunca deixaram de celebrá-la mesmo após sua partida, ocorrida em sua cidade natal, em 03/10/2005, aos 82 anos.

    Nesse mês do seu centenário, os cariocas puderam participar de várias dessas homenagens, organizadas pelos membros do fã-clube oficial de Emilinha: um sarau musical e cultural durante os sábados na Feira do Rio Antigo, na Rua do Lavradio, na praça que leva o nome da cantora; o Festival Emilinha Borba – 100 anos, finalizado no dia 27, com exibição de filmes raríssimos na Cinemateca do Museu de Arte Moderna, além de uma exposição com fotos e itens de acervo; e a missa solene na igreja do Largo de São Francisco de Paula, às 10h, no dia do aniversário (31 de agosto), com participação da Banda dos Fuzileiros Navais, do Coral da Escola Ginásio Emilinha Borba e dos cantores Márcio Gomes e Stella Maria Rodrigues (que interpretou a artista nos palcos entre 2017 e 2019, na peça “Emilinha”, de Thereza Falcão).

    Emilinha Borba demonstrou, em diversas oportunidades, sua gratidão por tanto carinho e tanta devoção: fazendo declarações de amor aos seus admiradores nas inúmeras entrevistas que concedeu, ou através do contato pessoal, que ela adorava, ou ainda por meio de sua música. Assim foi em 1957, quando gravou o belo samba “Canção das fãs”, cujos versos deixam claro que o sentimento era correspondido – de verdade:

    A vocês, guias da minha jornada
    Degraus seguros da escada que pouco a pouco eu subi
    A vocês pertence o meu coração
    Minha maior gratidão por tudo o que eu consegui
    Ah, minhas fãs adoradas
    Flores que brotam na estrada que Deus me fez caminhar
    Se eu pudesse, estaria junto a vocês todo dia
    As suas mãos a beijar
    O seu aplauso sincero é tudo, tudo o que eu quero
    É minha vida talvez
    Estrelas do meu sucesso
    Em minhas preces eu peço a Deus do céu por vocês

    Foto principal: Coleção José Ramos Tinhorão / IMS

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